A
Guarda Municipal de Ponta Grossa começou a trabalhar no ano de 2003 e
atualmente conta com 68 guardas. De acordo com informações do Guarda Municipal,
Rodrigo de Oliveira Almeida, as condições de trabalho não são adequadas. Nos
dias 24 e 25 o Jornal Diário dos Campos publicou uma matéria falando sobre
retaliações que guardas estariam sofrendo na cidade. Rodrigo fez várias
denúncias em relação aos postos de trabalho, uso de viaturas, compra de
uniformes e restrição de armamentos. “Fazia parte do ROMU (comando de operações
especiais da Guarda Municipal) e fui retirado do mesmo sem justificativa ou
documentação que esclarecesse isso”, relata.
As
denúncias dão conta que os profissionais tinham que comprar seu próprio
uniforme e colete a prova de balas. Também foi relatado que alguns postos onde
os guardas ficam estão em condições precárias para trabalhar, como no Ginásio
Oscar Pereira e o Mercado da Família na Vila Vicentina. Outro questionamento de
Rodrigo é que alguns guardas não tem o curso de formação e trabalham armados.
“Quando iniciou a guarda, muitos vigilantes municipais foram transferidos para
acrescentar o efetivo e não fizeram o curso de formação, então não podem andar
armados”, expõe. Uma escuta clandestina foi encontrada na viatura em que o
denunciante trabalhava, mas não descobriram o responsável pela instalação.
Após
a matéria publicada no jornal, Rodrigo foi chamado na Ouvidora da guarda.
Relatou todas as reivindicações para o ouvidor, que o respondeu no dia 31 de
dezembro julgando algumas denúncias procedentes e outras não. Ele também
confirma que a arma que usava foi retirada e só foi devolvida quando fez um
pedido formal para o Prefeito Marcelo Rangel. O Guarda relata que questionou o
que foi concluído improcedente no relatório e cobra medidas efetivas da
Secretária de Segurança.
Resposta da Secretaria de Segurança Pública
O
secretário de Cidadania e Segurança Pública de Ponta Grossa, Ary Lovato
respondeu as denúncias do Guarda Municipal. “Tenho conhecimento das acusações.
Mas ele procurou de forma errada para falar do assunto. Ele foi primeiro no
jornal e depois que eu li a matéria, falei para a ouvidoria o procurar. Ele
deveria ter se dirigido ao comandante da guarda ou a secretaria”, esclarece.
Lovato afirma que Rodrigo foi tirado do ROMU porque relatou que tinha que dar
prioridade ao seu trabalho de conclusão de curso de educação física. Sobre os
guardas terem que comprar seus próprios uniformes, ele afirma que a Prefeitura
fornece as fardas e equipamentos para que os profissionais atuem na cidade.
O
secretário assegura que somente os guardas com formação adequada andam armados.
“Não temos armas para todos os profissionais, até porque nem todos foram
treinados para isso”, diz. Ele afirma que todas as medidas cabíveis e possíveis
vão ser tomadas para que o trabalho dos Guardas Municipais melhore e que o
setor passa por uma reestruturação.
Fonte: Portal Ponta Grossa
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