19 de agosto de 2014

TJ SUSPENDE ACORDO DA PREFEITURA DE MACEIÓ COM SERVIDORES MUNICIPAIS


Foto SINDGUARDA-AL

O desembargador José Carlos Malta, presidente do TJ, suspendeu o acordo feito pela Prefeitura de Maceió com os sindicatos de servidores municipais, formalizado em dezembro do ano passado, pela 14º Vara Cível da Capital.

Ele atendeu à Representação protocolada pelo procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, a pedido do promotor Marcus Rômulo, que atua junto à Vara da Fazenda Municipal.

Como o próprio Rômulo afirmou ao blog, ele não é contrário ao acordo, que deveria pagar algo em torno de R$ 54 milhões a várias categorias funcionais – de débitos trabalhistas e promoções não realizadas – em 36 meses, conforme o acordado: “Tudo tem de ser feito dentro da lei”, ressaltou.

O que ele questiona?

Primeiramente: ele não foi intimado a comparecer à audiência que formalizou o acordo, “o que contraria a legislação. Eu só vim a saber do acordo depois que ele foi publicado”.

O promotor também questiona os valores a serem pagos ao escritório do advogado Fernando Costa, contratado pelos sindicatos que representam os servidores: R$ 10,8 milhões.

- É um valor muito alto, principalmente se a gente levar em conta que foi um acordo, negociado pelos dirigentes sindicais durante meses, até que fosse formalizado. Se eu tivesse comparecido à audiência, teria discordado com veemência desses valores. Só que eu não fui nem avisado.

O promotor Marcus Rômulo já foi procurado por dirigentes sindicais, inclusive da CUT (Izac Jackson à frente), para que revisse a sua posição.

O representante do MP insiste que é preciso que o acordo seja explicado detalhadamente, revisto – se for o caso – principalmente no que se refere aos valores advocatícios, mas garante que é favorável ao entendimento: “Dentro do que prescreve a lei”.

Em tempo:

A prefeitura de Maceió não havia ainda pago os honorários do escritório de advocacia e suspendeu o cumprimento do acordo desde quando o promotor encaminhou uma Recomendação neste sentido.

Esta é, talvez, a principal queixa dos servidores municipais que ameaçam entrar em greve geral.

Mas tem muito coisa nessa histórica que precisa ser melhor entendida e explicada.

Em tempo II

O presidente do Sindicato dos Servidores do Município de Maceió, Sidney Lopes, afirmou que a greve geral programada para a próxima quinta-feira não tem relação com o acordo judicial. Segundo ele, a prefeitura não estaria cumprido o que ficou estabelecido no acordo salarial deste ano – 5% de progressão para cerca de pouco mais de três mil servidores, informou o sindicalista.
Fonte: Ricardo Mota (TNH)

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