8 de novembro de 2014

SERVIDORES GREVISTAS SÃO RECEBIDOS POR DESEMBARGADOR EM MACEIÓ

CATEGORIA COBRA CUMPRIMENTO DE ACORDO FIRMADO COM A PREFEITURA; TJ DECLARA QUE GREVE É LEGAL, MAS MUNICÍPIO DIZ QUE ACORDO NÃO FOI HOMOLOGADO.

Foto Sindguarda-AL
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Maceió, Sidney Lopes, foi recebido, na manhã desta sexta-feira (07), pelo desembargador Domingos Neto, a quem foi apresentada a série de reivindicações da categoria, além da cobrança de acordo firmado com a Prefeitura de Maceió no próprio Tribunal de Justiça, que considera a greve legal. Contudo, o Município diz que o referido acordo não foi homologado, motivo pelo qual considera não ter havido qualquer descumprimento.

Os servidores estão em greve desde a última quinta-feira (6), quando iniciaram a paralisação por tempo indeterminado. A principal reivindicação diz respeito à progressão salarial de 2012, 2013 e 2014, como consta no Plano de Cargos e Carreiras (PCC) do município.

A paralisação envolve todos os servidores, com a exceção dos professores. Com isso, apenas 50% dos serviços no Município estão sendo garantidos à população. De acordo com Sidney Lopes, a Prefeitura apresentou uma proposta, mas esta não foi aceita porque estaria aquém do acordo firmado em agosto. 

“Nós cobramos apenas o cumprimento do acordo e só voltaremos às nossas atividades com garantias da Prefeitura. Enquanto a nossa situação não for solucionada, a paralisação seguirá por tempo indeterminado. E em respeito ao Poder Judiciário, vamos manter parte dos serviços”, reforçou.

Ainda de acordo com o presidente do sindicato, o desembargador Domingos Neto declarou que a greve é legal e que vai dar celeridade ao processo, cobrando um posicionamento da Prefeitura. “Prontamente, o desembargador afirmou que nossa greve é legal, pois, existiu um acordo firmado entre as partes, na presença de vários desembargadores, mas não houve o cumprimento por parte do Executivo. Por isso, temos o total direito de paralisarmos as atividades”, emendou.
O presidente do sindicato também afirma lamentar o fato de o prefeito Rui Palmeira (PSDB) não ter aberto um canal para dialogar com a categoria. “Não entendemos o motivo de a Prefeitura se negar a criar um canal de diálogo com a categoria. A paralisação vai mostrar à sociedade de que maneira estamos sendo tratados”, concluiu.

'NÃO HOUVE HOMOLOGAÇÃO'

Em conversa com a Gazetaweb, o secretário de Administração Municipal, Carlos Spegiorin, saiu em defesa do município, alegando que não houve o descumprimento do acordo, pois, o mesmo não chegou a ser homologado no Tribunal de Justiça. “Não houve descumprimento porque não houve a homologação. Nós não concordávamos com alguns itens da pauta apresentada pelos servidores”, explicou.

Ainda de acordo com o secretário, a proposta apresentada pela categoria seria a de pagamento das progressões em outubro e dezembro, acrescentando, porém, que as reivindicações não poderiam ser atendidas pela prefeitura. “A prefeitura, por sua vez, propôs o pagamento das progressões, uma parte no mês de novembro – em uma folha suplementar - e o restante no mês de dezembro. Assim, fecharíamos 2014 totalmente em dia com os servidores municipais”, finalizou.

O secretário afirmou ainda que, até a próxima sexta-feira (14), a Prefeitura deve tomar as providências judiciais cabíveis para pôr um fim à greve.
Gazetaweb

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