NOS
ÚLTIMOS DIAS O TEMA TEM SIDO OBJETO DE DISCUSSÃO DOS GMs NAS REDES SOCIAIS.
O
triste e lamentável registro da morte de três policiais vítimas da ação de
marginais – um Sargento PM, um Policial Civil e um Federal – ocorrido na última
semana, veio a comprovar, pelo menos em Alagoas, que a bandidagem ignorou,
literalmente, os efeitos da recém-sancionada Lei que torna homicídio
qualificado e crime hediondo assassinar profissionais da segurança pública.
Os
casos ainda repercutem em meio às forças policiais alagoana e principalmente no
âmbito das entidades representativas – Sindicatos e associações – que "sem poder
fazer muito" se reservam a lamentar o ocorrido e a cobrar a apuração dos casos.
O
Sindpol (Sindicato dos Policiais Civis) disse que o modelo de segurança no
estado é falido. A ACS-AL (Associação dos Cabos e Soldados) afirmou que vem cobrando
a apuração dos casos e que irá realizar reuniões com seguimentos para discutir
o problema. O Sinpofal (Sindicato dos Policiais Federais) atribuiu a morte do agente
ao modelo de segurança pública falida que seria comandada por chefes não
forjados no dia a dia da atividade policial.
Ao
tempo em que os Guardas Municipais alagoanos lamentam e se solidarizam aos
demais policiais pelo o ocorrido, reacendem uma jurássica discussão: o
melhoramento das condições de trabalho e o consequente direito de defesa no
exercício da profissão.
Assistimos
de um lado o governo estadual, de forma irresponsável, incentivar prefeitos a
criarem Guardas Municipais, a toque de caixa, para juntamente com as polícias contribuírem
na redução dos índices da violência e da criminalidade que tanto tem
envergonhado o estado.
Por
outro lado temos prefeitos que, também de forma irresponsável, tem botado seus Guardas
Municipais para atuarem conjuntamente com as polícias no combate a criminalidade
sem disponibilizar a capacitação e a estrutura logística necessária. Trata-se
de uma determinação absurda e insana que pode a qualquer momento vitimar um
Guarda Municipal no exercício da profissão, que de mãos limpas, já que atuam
desarmados, passam ser presas fáceis para bandidos que há muito tempo deixaram de
temer a polícia e o seu aparato bélico.
Diante
da falta de compromisso dos prefeitos para com a segurança da população, e
considerando a falta de condições de trabalho vivenciada pelos GMs, não é
absurdo dizer que hoje em Alagoas os Guardas Municipais não passam de meros
espantalhos do patrimônio público, de onde tem que rezar todas as noites para
não terem o seu local de trabalho invadido por bandidos.
Diante
dessa perigosa realidade perguntamos: será que vale mesmo a pena arriscarmos nossas vidas contribuindo tão somente com a cara e com a coragem para a redução
da violência e da criminalidade nos municípios? Será que nós não deveríamos bater
o pé e só irmos ás ruas depois que a prefeitura nos assegurasse a capacitação
devida e a condição logística necessária? Será que vamos ter que testemunhar e
lamentar a morte de companheiros para podermos coletivamente tomar uma decisão
em defesa da nossa própria segurança?
GM
NOTÍCIA-AL
2 comentários:
Foram mortos dois guardas e ninguém falou nada, a respondia a processos mais eram GCM. Desculpe mais pela gente ninguém faz nada.
Em murici os gms estao fazendo essa loucura ,sem respaldo nenhum,e esquecem que no carnaval foram presos pelo secretario por porte ilegal bando de otarios
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