21 de julho de 2015

MORTE DE POLICIAIS REACENDE DISCUSSÃO SOBRE INSEGURANÇA VIVIDA POR GUARDAS MUNICIPAIS EM ALAGOAS


NOS ÚLTIMOS DIAS O TEMA TEM SIDO OBJETO DE DISCUSSÃO DOS GMs NAS REDES SOCIAIS.

O triste e lamentável registro da morte de três policiais vítimas da ação de marginais – um Sargento PM, um Policial Civil e um Federal – ocorrido na última semana, veio a comprovar, pelo menos em Alagoas, que a bandidagem ignorou, literalmente, os efeitos da recém-sancionada Lei que torna homicídio qualificado e crime hediondo assassinar profissionais da segurança pública.

Os casos ainda repercutem em meio às forças policiais alagoana e principalmente no âmbito das entidades representativas – Sindicatos e associações – que "sem poder fazer muito" se reservam a lamentar o ocorrido e a cobrar a apuração dos casos.

O Sindpol (Sindicato dos Policiais Civis) disse que o modelo de segurança no estado é falido. A ACS-AL (Associação dos Cabos e Soldados) afirmou que vem cobrando a apuração dos casos e que irá realizar reuniões com seguimentos para discutir o problema. O Sinpofal (Sindicato dos Policiais Federais) atribuiu a morte do agente ao modelo de segurança pública falida que seria comandada por chefes não forjados no dia a dia da atividade policial.

Ao tempo em que os Guardas Municipais alagoanos lamentam e se solidarizam aos demais policiais pelo o ocorrido, reacendem uma jurássica discussão: o melhoramento das condições de trabalho e o consequente direito de defesa no exercício da profissão.

Assistimos de um lado o governo estadual, de forma irresponsável, incentivar prefeitos a criarem Guardas Municipais, a toque de caixa, para juntamente com as polícias contribuírem na redução dos índices da violência e da criminalidade que tanto tem envergonhado o estado.

Por outro lado temos prefeitos que, também de forma irresponsável, tem botado seus Guardas Municipais para atuarem conjuntamente com as polícias no combate a criminalidade sem disponibilizar a capacitação e a estrutura logística necessária. Trata-se de uma determinação absurda e insana que pode a qualquer momento vitimar um Guarda Municipal no exercício da profissão, que de mãos limpas, já que atuam desarmados, passam ser presas fáceis para bandidos que há muito tempo deixaram de temer a polícia e o seu aparato bélico.

Diante da falta de compromisso dos prefeitos para com a segurança da população, e considerando a falta de condições de trabalho vivenciada pelos GMs, não é absurdo dizer que hoje em Alagoas os Guardas Municipais não passam de meros espantalhos do patrimônio público, de onde tem que rezar todas as noites para não terem o seu local de trabalho invadido por bandidos.

Diante dessa perigosa realidade perguntamos: será que vale mesmo a pena arriscarmos nossas vidas contribuindo tão somente com a cara e com a coragem para a redução da violência e da criminalidade nos municípios? Será que nós não deveríamos bater o pé e só irmos ás ruas depois que a prefeitura nos assegurasse a capacitação devida e a condição logística necessária? Será que vamos ter que testemunhar e lamentar a morte de companheiros para podermos coletivamente tomar uma decisão em defesa da nossa própria segurança?
GM NOTÍCIA-AL

2 comentários:

Anônimo disse...

Foram mortos dois guardas e ninguém falou nada, a respondia a processos mais eram GCM. Desculpe mais pela gente ninguém faz nada.

Anônimo disse...

Em murici os gms estao fazendo essa loucura ,sem respaldo nenhum,e esquecem que no carnaval foram presos pelo secretario por porte ilegal bando de otarios