Ainda não tem
nada confirmado, no entanto, aos poucos essa ideia vem ganhando fôlego em meio
aos Guardas Municipais de Maceió que enxergam a candidatura de um colega de
farda como sendo uma necessidade representativa junto ao poder legislativo
municipal.
Projetos a
serem defendidos são muitos: plano de cargos com carreira única; regulamentação
dos grupamentos; criação do fundo de incentivo a segurança pública municipal;
disciplinamento interno referente ao porte de arma; organização básica da
Guarda, dentre outros.
Claro exemplo
de que a falta de representação partidária faz mal a qualquer categoria, foi
registrado em dezembro de 2012, no final da gestão do prefeito Cícero Almeida,
quando o mesmo encaminhou projeto aos vereadores propondo alteração na Lei Orgânica
municipal.
Na ocasião, para
a surpresa dos mais atentos, o texto da Lei Orgânica aprovado pelos
parlamentares permitiu que apenas os Policiais Militares em serviço tivessem gratuidade
nos transportes coletivos urbanos da capital (art. 100, §3º), lamentavelmente, nenhum parlamentar lembrou
que na prefeitura existia cerca de 850 GMs.
Apesar do rápido
esquecimento dos vereadores, nas eleições municipais seguintes, foi possível
ver dezenas de Guardas Municipais segurando e balançando bandeiras de vários
vereadores candidatos a reeleição, os mesmos que havia deixado à categoria de
fora do art. 100 da Lei Orgânica.
Um dos obstáculos
que os GMs terão que transpor para consensualizar um nome que preencha os
requisitos – capacidade de representar - e ainda tenha expressividade junto à
categoria, será o de convencer colegas a deixar a vaidade de lado e abrirem mão
daquela dispensa concedida no período das eleições, a não saírem candidatos e
apoiarem um único nome que venha a ser eleito em assembleia pela maioria dos
cerca de 850 GMs.
Estamos
falando de uma missão quase que impossível de ser cumprida e de um processo que envolverá uma
articulação política complexa no cenário em que temos GMs ligados – amarrados
mãos e pés - a vários partidos e políticos com os mais diversos interesses, o
que não será nada fácil convencer a esses cabos eleitorais fardados a abrirem
mão da zona de conforto para apoiar um companheiro de farda. Pode parecer
revoltante e absurdo, mas, é a realidade que temos.
Caso a ideia
não vingue, como segunda opção, os GMs deverão abraçar a provável candidatura da
titular da SEMSC, Mônica Suruagy, que tem se destacado a frente da secretaria e
angariado a simpatia de uma grande parcela da categoria. Só com o andar dos
próximos meses é que será possível desenharmos melhor esse quadro.
No interior de Alagoas, os Guardas Municipais
parece ter descoberto há mais tempo a importância de serem representados nas
câmaras municipais. Nas últimas eleições, salvo engano os registros, quatro
Guardas Municipais foram eleitos vereadores nos municípios de Atalaia, Pilar,
Cajueiro e Barra de Santo Antônio. Ou seja, mesmo que ainda lento estamos dando
os primeiros passos.
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