Guardas Municipais de Maceió e outros servidores
públicos estão na bronca com a prefeitura. A Secretaria Municipal de Administração,
Recursos Humanos e Patrimônio (SEMARHP), estaria mantendo uma forma indevida de
cobrança no contracheque em favor do Banco Internacional BMG. Essa cobrança é mais
conhecida como Cartão de Crédito Consignado. Já para alguns GMs o desconto não
passa de uma “prática de agiotagem forçada”.
O fato é que a prefeitura parece já ter
iniciado a colheita dos frutos dessa parceria com o Banco BMG. Prova disso veio
à tona na solenidade para assinatura da ordem de serviço da reforma da Praça da
Faculdade, realizada em setembro do ano passado, ocasião na qual o prefeito Rui
Palmeira destacou que o Banco BMG iria custear a maior parte do valor da
reforma da praça, orçada em mais de R$ 1 milhão.
Vamos entender melhor como transcorreu tal
desconto “01/01” (infinito). Há alguns anos, a prefeitura de Maceió,
através de uma parceria com o BMG, ofereceu aos Guardas Municipais e demais
servidores um cartão de crédito cuja contratação geral girava entre R$ 1.000,00
e R$ 3.000,00 mil, na prática o cartão não passou de um empréstimo disfarçado.
Os valores disponibilizados para os GMs foram
creditados em conta corrente e a partir daí o BMG passou a enviar uma fatura
mensal de um valor correspondente ao pagamento do rotativo do cartão de
crédito, ou seja, o valor mínimo da fatura.
Com o passar do tempo, essa fatura foi substituída
pelo desconto em folha, uma forma de assegurar a perpetuação dos descontos
passando a ser designado no contracheque desconto 1/1, de forma que o Guarda
Municipal jamais terminasse de pagar a dívida.
Essa mesma prática também foi e continua
sendo adotada em prefeituras de outros estados, e lá o banco repassa um valor
para que as prefeituras mantenham a consignação dos descontos em sua folha, por
essa razão não tem interesse algum em suspender tais descontos em favor do
servidor. O banco, por sua vez, jamais vai cancelar, pois tem nas mãos uma
forma de manter uma entrada financeira sem justificativa e sem custos.
Voltando para Maceió, muitos Guardas já
recorreram a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON), numa
tentativa desesperada de suspender tal desconto do contracheque, outros
requereram administrativamente o cancelamento e permanecem aguardando uma
posição da SEMARHP.
De acordo com relatos de alguns GMs, eles já teriam
pagado cerca de três e até quatro vezes o valor que deviam ao BMG e mesmo assim
permanecem sofrendo tais descontos.
Alguns GMs estão formando grupos para
recorrerem ao judiciário a fim de conseguir suspender o que vem chamando de “prática
de agiotagem forçada”. Pretendem realizar um recálculo nos valores descontados
nos últimos anos, aplicando taxas de juros de mercado, a fim de identificar
possíveis discrepâncias nos percentuais cobrados, e dizem que irão lutar para
recuperar os valores que foram descontados ilegalmente pela prefeitura em favor
do BMG.
Os GMs disseram que vão buscar
reparação por Danos Morais relacionados à situação pela qual passaram nos últimos
anos e continuam sofrendo em decorrência dessa cobrança ilegal supostamente praticada pela
prefeitura, através da qual vem sendo retirada parte de seus salários prejudicando
a sua família e seu próprio sustento. Situação lamentável essa.
O BLOG GM NOTÍCIA-AL indagou um dirigente do SINDGUARDA-AL, sobre o assunto. O mesmo informou que a assessoria jurídica da entidade já vem adotando as medidas jurídicas necessárias com o intuito de defender os GMs sindicalizados frente a esse desconto do BMG. Disse ainda que os advogados do sindicato também se encontram a disposição dos GMs que por alguma razão não são filiados à entidade, para que, mediante acordo particular, possam buscar seus direitos no judiciário.
GM NOTÍCIA-AL
O BLOG GM NOTÍCIA-AL indagou um dirigente do SINDGUARDA-AL, sobre o assunto. O mesmo informou que a assessoria jurídica da entidade já vem adotando as medidas jurídicas necessárias com o intuito de defender os GMs sindicalizados frente a esse desconto do BMG. Disse ainda que os advogados do sindicato também se encontram a disposição dos GMs que por alguma razão não são filiados à entidade, para que, mediante acordo particular, possam buscar seus direitos no judiciário.
Um comentário:
Olá! quanto a essa questão. Desde 06/2012 é descontado em meu contra cheque R$ 395,00 (aparece 01/01) em favor do BMG. quer dizer que nunca vai ter fim? alguma novidade referente a essa questão? obrigado.
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