Na segunda audiência de conciliação realizada na manhã desta terça-feira (16/03), no Tribunal de Justiça de Alagoas, cujo relator foi o desembargador Alcides Gusmão, os oito Sindicatos, a CUT-AL e as duas Federações que representam os Servidores Municipais de Maceió, rejeitaram, por unanimidade, a nova proposta de reajuste oferecida pelo Prefeito Rui Palmeira, que elevava de 2,21% para 3%.
Após serem indagados pelos Sindicatos, os representantes da prefeitura, Felipe Mamede (SEMARHP), Estácio da Silveira e Márcio Roberto (Procuradoria), asseguraram que o governo municipal não iria cortar o ponto dos Servidores grevistas e que iria respeitar a legislação a fim de evitar perseguições e práticas antissindicais. Tais garantias ficaram registradas em ata.
Os Sindicatos também cobraram da prefeitura o repasse de documentos referentes às finanças que não teriam sido entregues no prazo definido na audiência passada: balancete consolidado do mês de dezembro de 2015 com elementos de despesas do IPREV; resumo da folha de ativos com retorno bancário; resumo da folha de contratados e de comissionados acompanhados do retorno bancário; resumo da folha de aposentados e pensionistas com retorno bancário.
A Prefeitura assumiu o compromisso de entregar tais documentos até o dia 22 de março. Vale destacar que, tais informações servirão como objeto de estudo que irão embasar os sindicalistas para melhor negociar com o governo na próxima audiência.
A audiência foi dada por encerrada pelo Desembargador Alcides Gusmão, que fixou o dia 30 de março (quarta-feira), às 09:00 horas, como data para a realização da próxima audiência no TJ-AL, ficando mantida a greve dos Servidores Municipais.
Após a audiência no TJ, os sindicalistas se reuniram com os Servidores Municipais na Praça Deodoro e fizeram um balanço das negociações. O representante do SINDSAÚDE, Alessandro, destacou que a prefeitura não teria cumprido o acordado na audiência passada deixando de entregar os dados financeiros do município para os sindicatos.
O representante do SINDSPREF, Sidney Lopes, tranquilizou os servidores dizendo que a legislação eleitoral não iria atrapalhar as negociações salariais por se tratar de “repasse de reajuste”, o que seria permitido por lei, ao contrário se fosse “aumento salarial” o que não teria amparo da legislação eleitoral.
O representante do SINDGUARDA-AL, Carlos Antônio, enfatizou a necessidade de os Guardas Municipais e demais Servidores em greve comparecerem em massa na audiência do dia 30 de março, e lembrou que poderiam convidar familiares e amigos para reforçar a luta por melhorias.
O Sindicalista lembrou ainda que os Guardas Municipais em greve, a partir do dia 30 março, só irão assinar a lista de frequência após o término das manifestações. Esclareceu também que tal decisão objetiva trazer para o movimento aqueles GMs que teriam aderido à greve, mas que não estariam comparecendo aos protestos.
GM NOTÍCIA-AL
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