22 de maio de 2016

DESCRÉDITO DOS GUARDAS MUNICIPAIS DE MACEIÓ COM O SINDICATO REPRESENTATIVO PODE GERAR DESFILIAÇÕES

O conturbado desfecho das negociações salariais que resultou com o fim da greve dos Guardas Municipais de Maceió, acabou gerando sérios efeitos colaterais na categoria que, insatisfeita e desacreditada com o sindicato representativo, vem ameaçando se desfiliar em massa da entidade, conforme desabafos registrados nas redes sociais.

A sucessão de medidas adotadas pelos sindicatos envolvidos no processo de negociação salarial com o governo municipal, segundo os Guardas Municipais, registrada no último mês da greve, e principalmente na última assembleia que decidiu pelo fim do movimento paredista, teria sido à gota d'água que gerou toda essa insatisfação que ainda vem repercutindo nas redes sociais.

Motivação da insatisfação  

Primeiro: os sindicatos teriam deixado os servidores grevistas ociosos sem participar de protestos e mobilizações por mais de 30 dias em pleno período de greve, fato inusitado no movimento sindical que teria gerado estranheza as categorias.

Segundo: sem uma justificativa plausível, já que o movimento grevista teria transcorrido de forma unificada durante os quase três meses, os sindicatos teriam dividido as categorias e realizado assembleias separadas para facilitar, segundo GMs, a aprovação do fim da greve.

Terceiro: dado a importância da assembleia que decidiria pela continuidade ou não da greve, caberia aos sindicatos ter iniciado o processo de mobilização dos servidores fazendo o contato corpo-a-corpo nos postos de trabalho com pelo menos uma semana de antecedência, e não em menos de 24 horas como foi feito através de notas convocatórias veiculadas nas redes sociais e nas páginas oficiais dos sindicatos.

Quarto: a injustificável ausência do presidente do sindicato dos Guardas Municipais na mais importante assembleia da categoria, aquela que decidiria pelo fim ou não da greve, por ter sido ele a pessoa que negociou com o governo, que discutiu estratégias com a sua diretoria e com os outros sindicatos, que se manteve inteirado sobre a negociação salarial, portanto, jamais poderia ter repassado tal atribuição a outro dirigente, por ser ele o servidor, naquela ocasião, mais habilitado para defender os interesses da categoria.

Quinto: as declarações ofensivas proferidas pelo Vice-presidente da entidade contra parte da categoria que teria deixado de comparecer a assembleia naquele dia.

Sexto: a declaração de elogio feita pelo dirigente do Sindspref ao governo municipal, e a comemoração descabida pelo fim da greve por parte do dirigente do Sindsaúde, declarações veiculadas no site oficial da prefeitura.  

Diante dessas sucessões de fatos relatados pelos Guardas Municipais, vale lembrar que, as entidades sindicais não pertencem a seus dirigentes e sim as categorias que as mantêm através das contribuições mensais, por tanto, querer se desfiliar dos sindicatos por insatisfação com a conduta dos dirigentes só contribuirá para o enfraquecimento da luta por melhores condições de vida e trabalho, e disso nós não podemos abrir mão. A luta deve continuar!

O BLOG GM NOTÍCIA-AL deixa aberto o espaço para que os dirigentes das entidades sindicais citadas possam se manifestar, caso julguem necessário.
GM NOTÍCIA-AL

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