O discurso de que haveria
uma integração das Guardas Municipais de Alagoas – inicialmente em quatro
municípios - com os demais setores da segurança pública, em especial com a
Polícia Militar, proposta que foi propagada pelo governador Renan Filho, no
início do seu governo, parece ter perdido força com a substituição do promotor,
Alfredo Gaspar de Mendonça, pelo coronel Lima Júnior, atual titular da
Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Não é novidade para os Guardas
Municipais que há setores conservadores da Polícia Militar que não conseguem imaginar
ver GMs contribuindo para a redução da violência e da criminalidade, mesmo que
essa ajuda se resuma em ação de caráter meramente preventivo, por tanto, já se
esperava que fosse jogado um balde de água fria na ideia de integração que tanto
vinha sendo propagada por Renan Filho.
Outra promessa ainda não
cumprida por Renan Filho, feita aos Guardas Municipais de Maceió, em agosto de 2014, durante um
encontro promovido nos Urbanitários pelo SINDGUARDA-AL, quando o mesmo ainda
era candidato ao governo, foi de buscar recursos em Brasília
para construir uma academia preparatória para os Guardas Municipais.
Vários casos envolvendo tentativas de boicote as ações da Guarda Municipal foram registrados. Um caso emblemático aconteceu quando foi solicitado Guardas Municipais de Maceió para compor
a Operação Policial Litorânea Integrada (OPLIT). A investida de um coronel, que
na época comandava a própria Guarda Municipal, foi para que os GMs não participassem
diretamente das operações desencadeadas pelo grupamento e se reservasse apenas a
guarnecer as instalações da OPLIT, situada na orla.
Através de uma Ação
Direta de inconstitucionalidade (ADI) 5156, que tramita no STF desde 2014, a
Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (FENEME) -
entidade que representa os comandantes da PM -, espera derrubar a Lei nº
13.022/2014 (Estatuto Geral das Guardas Municipais), numa tentativa de impedir
que as GMs deixem de atuar preventivamente na segurança da população e tenham
suas ações resumidas a guarnecer tão somente as instalações públicas.
Considerando o anúncio feito pelo Sindicato da categoria,
através de uma rede social, que havia solicitado uma audiência com Renan Filho
para tratar sobre porte de arma para os GMs, espera-se que a entidade também
cobre as demais promessas feitas pelo governador.
Como no mundo político promessa feita nem sempre
significa promessa cumprida, cobrar o prometido da classe política nunca será
um incomodo.
GM NOTÍCIA-AL
Um comentário:
Não sei e tenho raiva de quem sabe. Temos que focar na nossa instituição.
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