5 de julho de 2016

DIRIGENTE SINDICAL PROMETE INTENSIFICAR LUTA PELO PORTE EM MACEIÓ

A nítida falta de interesse do prefeito de Maceió de incluir no rol de suas prioridades a regularização do porte de arma dos Guardas Municipais, cuja pendência processual se resume na realização de um teste prático de tiro, orçado em aproximadamente R$ 300 mil, parece que vem incomodando os dirigentes do sindicato da categoria que, diante da pressão da base, promete intensificar a luta pelo porte de arma a partir de agosto.

Na semana passada, através de um arquivo de áudio veiculado no WhatSapp, o presidente do SINDGUARDA-AL, Carlos Antônio, deu um ultimato ao prefeito de Maceió e a titular da SEMSC, Mônica Suruagy, para que apresentassem, no prazo de 30 dias, uma proposta concreta relacionada ao custeio das munições para a realização do teste prático de tiro.

“... se nesses trinta dias a gente não conseguir nada... a gente vai apertar, vamos fazer audiência pública na Câmara, vamos fazer ato na porta da Guarda... a prefeitura tem que botar esse dinheiro pra fora... tem dinheiro pra fazer propaganda aí direto não tem dinheiro pra pagar R$ 50 mil de munições, existe isso?”. Destacou o sindicalista.   

A liderança esclareceu também que um ofício solicitando uma audiência com o prefeito de Maceió já teria sido protocolado para tratar sobre o assunto. Outra audiência com o governador do estado também teria sido solicitada para tratar sobre o mesmo tema.

É indiscutível que a Guarda Municipal de Maceió desarmada não tem serventia alguma para a população. Hoje, sem puder defender a si próprio, a população e patrimônio, os GMs têm atuado como mero espantalho da bandidagem nas instalações públicas, e contam com a sorte para não se transformar em vítimas no exercício da profissão.

Prostrados nos prédios públicos em regiões consideradas de alto risco pela cúpula da segurança pública, os GMs não dispõem de rádios de comunicação e nem tão pouco de equipes de apoio armadas para prestar apoio em casos de ocorrências, e diante dessa deficiência são obrigados a recorrer a Polícia Militar em busca de um apoio que nem sempre é encontrado.

A veiculação no Diário Oficial e nos meios de comunicação da destinação de quantias milionárias para setores da administração municipal, inclusas como prioridades, como R$ 21 milhões para publicidade, cerca de R$ 10 milhões para os pardais [de fiscalização de trânsito], e mais R$ 9 milhões para papel em consultorias, sem contar os inúmeros investimentos realizados em vários setores da capital, serviu como combustível para que os Guardas Municipais indignados intensificassem a cobrança pelo porte de arma junto ao Sindicato.
GM NOTÍCIA-AL

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