Dos
dezesseis anos de estagnação do efetivo da Guarda Municipal de Maceió por falta
de concurso público oito são atribuídos a Cícero Almeida e quatro a Rui
Palmeira, toda via ambos os candidatos parecem não terem se dado conta que essa
defasagem contingencial já se transformou em uma bola de neve a qual vem
gerando sérios transtornos operacionais a instituição e consequentemente
deixando as instalações públicas a mercê da marginalidade.
Nos
últimos 12 anos - período correspondente aos dois mandatos de Cícero e um de Rui
– os postos de serviço em Maceió mais que dobraram. Foram construídas novas creches,
postos de saúde, escolas, sedes dos Conselhos Tutelares, criadas novas
secretárias, dentre outros centros de atendimento a população, no entanto, o
efetivo da Guarda Municipal não acompanhou tamanho crescimento, e a cobrança
desse descaso continua caindo sobre os Guardas Municipais que vez e outra,
diante dos constantes arrombamentos a prédios públicos, são taxados como inoperantes
por não conseguir guarnecer todo o patrimônio público.
A
titular da SEMSC, Mônica Suruagy, ao conceder entrevista ao Jornal Gazeta de
Alagoas, em agosto, reconheceu que a falta de efetivo na Guarda Municipal vem
sendo o “calcanhar de aquiles” da sua
gestão, e que solucionar esse problema seria “um trabalho para o futuro”. Se continuarmos acovardados e levarmos
ao pé da letra o dito popular que “O
futuro a Deus pertence”, nos próximos dois anos, por exemplo, a situação da
Guarda tende a se agravar ainda mais já que há uma previsão de acontecer nesse
período cerca de duzentas aposentadorias, fato que reduzirá drasticamente o já
fragilizado contingente de GMs ativos de 783 para aproximadamente 583 homens.
A
desculpa de ambos os gestores municipais, ao longo desses doze anos, para não
realizar concurso público para a Guarda Municipal, apresentada ao Sindicato da
categoria, conforme constam em atas, variaram entre a crise financeira e a extrapolação do limite da margem prudencialmente prevista na Lei de
Responsabilidade Fiscal para gasto com pessoal, desculpa que não colou, é
claro, já que no decorrer desses anos houve vários concursos para diversas
categorias da prefeitura, como por exemplo, a contratação de Agentes de
Trânsito e o aumento do número de comissionados.
Analisando
de forma minuciosa as propostas de governo dos candidatos, bem como, alguns
discursos feitos em sabatinas e no próprio guia eleitoral, foi possível
perceber que tanto Cícero Almeida quanto Rui Palmeira estão preferindo não fazer menção
a realização de concurso público para a Guarda Municipal, posição lamentável
que precisa ser revista pelos candidatos já que há essa previsão das atividades
operacionais da Guarda ser agravarem ainda mais nos próximos dois anos por
ausência de concurso público.
Independentemente
de quem venha assumir a prefeitura de Maceió a partir de janeiro, aumentar o
efetivo da Guarda Municipal deverá ser um tema sério a ser tratado pelas
entidades representativas - Sindicato e associações -, do contrário, a nossa Guarda continuará fadada a ter
suas funções usurpadas por empresas de segurança da iniciativa privada, processo que parece já se encontrar em andamento, basta tão somente observarmos as inúmeras câmeras de monitoramento instaladas em vários prédios da prefeitura sob o comando de empresas privadas de segurança. É
tudo o que eles querem.
GM NOTÍCIA-AL
Um comentário:
Venho esperando o concurso da guarda municipal há um bom tempo. Se vocês tiverem um sindicato peçam para que cobre da prefeitura a realização desse concurso. Agradeceria muito.
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