16 de setembro de 2016

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Candidatos a prefeito que lideram pesquisas em Maceió estão evitando falar de concurso público para a Guarda Municipal

Dos dezesseis anos de estagnação do efetivo da Guarda Municipal de Maceió por falta de concurso público oito são atribuídos a Cícero Almeida e quatro a Rui Palmeira, toda via ambos os candidatos parecem não terem se dado conta que essa defasagem contingencial já se transformou em uma bola de neve a qual vem gerando sérios transtornos operacionais a instituição e consequentemente deixando as instalações públicas a mercê da marginalidade.

Nos últimos 12 anos - período correspondente aos dois mandatos de Cícero e um de Rui – os postos de serviço em Maceió mais que dobraram. Foram construídas novas creches, postos de saúde, escolas, sedes dos Conselhos Tutelares, criadas novas secretárias, dentre outros centros de atendimento a população, no entanto, o efetivo da Guarda Municipal não acompanhou tamanho crescimento, e a cobrança desse descaso continua caindo sobre os Guardas Municipais que vez e outra, diante dos constantes arrombamentos a prédios públicos, são taxados como inoperantes por não conseguir guarnecer todo o patrimônio público.

A titular da SEMSC, Mônica Suruagy, ao conceder entrevista ao Jornal Gazeta de Alagoas, em agosto, reconheceu que a falta de efetivo na Guarda Municipal vem sendo o “calcanhar de aquiles” da sua gestão, e que solucionar esse problema seria “um trabalho para o futuro”. Se continuarmos acovardados e levarmos ao pé da letra o dito popular que “O futuro a Deus pertence”, nos próximos dois anos, por exemplo, a situação da Guarda tende a se agravar ainda mais já que há uma previsão de acontecer nesse período cerca de duzentas aposentadorias, fato que reduzirá drasticamente o já fragilizado contingente de GMs ativos de 783 para aproximadamente 583 homens.

A desculpa de ambos os gestores municipais, ao longo desses doze anos, para não realizar concurso público para a Guarda Municipal, apresentada ao Sindicato da categoria, conforme constam em atas, variaram entre a crise financeira e a extrapolação do limite da margem prudencialmente prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal para gasto com pessoal, desculpa que não colou, é claro, já que no decorrer desses anos houve vários concursos para diversas categorias da prefeitura, como por exemplo, a contratação de Agentes de Trânsito e o aumento do número de comissionados.

Analisando de forma minuciosa as propostas de governo dos candidatos, bem como, alguns discursos feitos em sabatinas e no próprio guia eleitoral, foi possível perceber que tanto Cícero Almeida quanto Rui Palmeira estão preferindo não fazer menção a realização de concurso público para a Guarda Municipal, posição lamentável que precisa ser revista pelos candidatos já que há essa previsão das atividades operacionais da Guarda ser agravarem ainda mais nos próximos dois anos por ausência de concurso público.

Independentemente de quem venha assumir a prefeitura de Maceió a partir de janeiro, aumentar o efetivo da Guarda Municipal deverá ser um tema sério a ser tratado pelas entidades representativas - Sindicato e associações -, do contrário, a nossa Guarda continuará fadada a ter suas funções usurpadas por empresas de segurança da iniciativa privada, processo que parece já se encontrar em andamento, basta tão somente observarmos as inúmeras câmeras de monitoramento instaladas em vários prédios da prefeitura sob o comando de empresas privadas de segurança.  É tudo o que eles querem.   
GM NOTÍCIA-AL

Um comentário:

Jamerson disse...

Venho esperando o concurso da guarda municipal há um bom tempo. Se vocês tiverem um sindicato peçam para que cobre da prefeitura a realização desse concurso. Agradeceria muito.