O coordenador núcleo
regional do Ministério Público no Agreste, Geraldo Magela Pirauá, disse que
estará questionando prefeitura de Arapiraca porque mantém um serviço de
vigilantes e não criou a Guarda Municipal.
Segundo ele,
Arapiraca é o maior município do interior de Alagoas, com mais de 200 mil
habitantes, e necessita desses profissionais. Ainda segundo ele, atualmente
Arapiraca é uma das cidades que apresenta elevados números de crimes. O mês de
junho não terminou e os números de homicídios já são de 16 e ultrapassaram o de
mesmo período do ano passado que foi de 10.
Segurança Pública é
uma obrigação do governo do Estado, entretanto, nada impede que o município
invista na área buscando colaborar com segurança da população, principalmente
com a criação de uma guarda municipal treinada e devidamente equipada com que
for necessário para coibir a ação dos criminosos.
A relutância do Poder
Executivo Municipal de Arapiraca em criar a sua Guarda Municipal não tem
encontrado argumentação convincente, já que municípios menores como Delmiro
Gouveia, São Miguel dos Campos e até a pequenina Água Branca possuem sua guarda
municipal, que têm realizado um bom trabalho em conjunto com as Polícias
Militares e Civil.
A população
arapiraquense vive momentos difíceis com relação à segurança pública com o
crescimento de assaltos nas portas das escolas, bairros e casas comerciais no
centro da cidade.
Para especialistas em
segurança pública, a simples presença de guardas municipais fardados, já
ajudaria para inibir a ação dos assaltantes que agem no centro de Arapiraca.
Vigilantes ilegais
A proposta da
realização de concurso público para Guarda Municipal em Arapiraca já foi
apresentada pelo deputado Tarcizo Freire (PP), quando vereador, mas não foi
aceita pelo Poder Executivo, que não quer nem discutir a proposta, jogando para
o governo do estado a responsabilidade da segurança pública, preferindo usar um
serviço contratado de “vigilantes”.
Esse “serviço” de
vigilantes possui um efetivo considerável de 480 homens, que ocupam uma função
que necessita de treinamento adequado, além de rigorosa inspeção de saúde
física e mental, e verificação da ficha criminal e de conduta moral.
Para os especialistas
em segurança pública, os “vigilantes” contratados é uma forma paliativa e
perigosa de suprir a ausência da Guarda Municipal de Arapiraca, como auxílio do
serviço de segurança pública.
Um dos únicos
detentores de mandato eletivos a abordar o assunto de forma contundente foi
deputado Tarcizo Freire (PP), em entrevista ao radialista Alves Correia exigiu
a realização de concurso público para formação da guarda municipal de
Arapiraca. Tentamos ouvir os responsáveis pelo “serviço de vigilantes”
contratados da prefeitura, mas segundo informações colhidas na Prefeitura, mas
ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.
Fonte: 7 Segundos – Mozart
Luna
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