12 de outubro de 2016

GUARDAS MUNICIPAIS DEVEM IR ÀS RUAS PROTESTAR CONTRA AS AMEAÇAS DA PEC 241/16

SEGUNDO OS CRÍTICOS, O PLP 257/16 E A PEC 241/16 TEM O OBJETIVO DE CONGELAR, FREAR, PARAR, SUPRIMIR E REDUZIR OS GASTOS COM SERVIÇO PÚBLICO. ISSO VALE PARA SALÁRIOS, DIREITOS DOS SERVIDORES E PARA A QUANTIDADE DE SERVIÇOS COLOCADOS À DISPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO, COMO SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA…

Os deputados federais aprovaram na última segunda-feira (10/10), em primeira votação, o texto base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limitará os gastos públicos pelos próximos 20 anos.

Para os deputados aprovarem na íntegra essa proposta assinada pelo governo Temer, será necessário submetê-la a apreciação, por dois turnos, na Câmara e no Senado, devendo ser aprovada pela maioria ampla dos parlamentares, ou seja, 308 votos dos deputados e 49 votos dos senadores.

Durante 20 anos, os gastos públicos cresceram mais do que o produto interno bruto do país (PIB) – soma de todas as riquezas produzidas no Brasil -, de lá para cá, por diversas vezes, os governos procuraram tapar esse buraco promovendo aumento de impostos e tributos, medida que só penalizou a população.

De acordo com a proposta do governo, áreas como segurança pública, educação, saúde e saneamento básico, receberão reajustes obedecendo à inflação anual pelos próximos 20 anos, ou seja, mesmo havendo aumento de receita e sendo superada a crise os investimentos não poderão seguir esse crescimento orçamentário, conforme tem explicado os críticos.

O Congresso Nacional decidirá onde os recursos públicos serão alocados, alterando os critérios para o cálculo das despesas mínimas em Educação, Saúde e outros setores, que serão corrigidos pela inflação do ano anterior, ou seja, sem aumento real.

E o que os Guardas Municipais têm haver com essa proposta? A resposta é tudo. Se antes os prefeitos discursavam dizendo que a “crise financeira” e a “Lei de Responsabilidade Fiscal” eram as principais barreiras para não executar direitos dos GMs e investir na segurança municipal, com a aprovação dessa PEC o quadro tende a se agravar ainda mais.

Com os recursos limitados para investir em setores como educação, saúde, saneamento básico e assistência social, prefeitos tendem a estagnar alguns serviços públicos tido por eles como sendo de menor relevância para a população, e por incrível que pareça a segurança pública municipal se inclui nesse contexto, já que eles, os prefeitos, sempre atribuíram essa missão exclusivamente aos governos estaduais.

Diante do aperto das torneiras que se aproxima a execução de direitos conquistados pelos Guardas Municipais, como por exemplo, planos de cargos e carreira, concurso público, reajuste salarial, porte de arma, tempo de aposentadoria, dentre outros, correm o risco de sofrer congelamento em nome da estabilização econômica do país. A sensação é que a categoria e os demais servidores foram os responsável por toda essa crise em curso.

Igualmente a qualquer trabalhador brasileiro que com certeza sofrerá com as reformas que estão para acontecer, os Guardas Municipais também devem externar a sua indignação e ir às ruas protestar pela manutenção dos poucos direitos que conquistaram ao longo dos anos.

Não é exagero lembrar que estamos caminhando para um futuro de incertezas, por tanto, se aproxima o momento das entidades representativas saírem do guarda-roupa e escolherem quais senhores deverão servir de fato.
GM NOTÍCIA-AL

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