Inseridos no
contexto de profissionais que integram as fileiras da segurança pública, os
Guardas Municipais, apesar de não dispor de representatividade política no Congresso
Nacional, vem tentando, a todo custo, convencer os deputados federais de que,
igualmente aos militares das forças armadas e das polícias e bombeiros militares,
também merecem ficar de fora das novas regras da reforma da previdência.
Federação e
Confederação, que representam a categoria nacionalmente, tentam mostrar aos
parlamentares e setores do Congresso Nacional, de que há uma diferença enorme
entre o exercício profissional de um Guarda Municipal e os demais servidores
públicos que não exercem atividade de risco.
As entidades
defensoras dos Guardas Municipais, devem sustentar que a categoria diferencia-se
dos demais servidores públicos por exercer atribuições em ambientes fechados ou
a céu aberto, sob sol e chuva, em horários diurnos e noturnos, assim como, em
revezamento de turno, se expondo a situações de risco constante e elevadíssimo
estresse, atuando em pé por longos períodos, contribuindo para a segurança da
população e do patrimônio público, atividade profissional que difere e muito
dos demais servidores.
Durante um
debate sobre a reforma da previdência, realizado no último dia 13 de dezembro,
na Câmara Federal, o qual foi acompanhado pelo GM NOTÍCIA-AL, via Internet, o
representante do Conselho Nacional dos Comandantes Gerais das Polícias
Militares e Corpos de Bombeiros, coronel Maurício Gouveia, também ressaltou as
diferenças existentes entre profissionais da segurança pública e os demais
servidores.
Maurício
Gouveia destacou que os profissionais de Segurança Pública estão submetidos a
muitos riscos no exercício da profissão e por isso precisam ser resguardados
com integralidade e paridade em suas aposentadorias. “Não há como começar a
conversar se nós não tivermos a paridade e a integralidade em nossos salários”,
enfatizou o coronel.
Durante o
debate o professor de direito da Seguridade Social e delegado da Polícia
Federal, Marcelo Fernando, também saiu na defesa dos profissionais da segurança
pública. Ele destacou que há estudos comprobatórios que profissionais da
segurança pública estão mais sujeitos a suicídios ou morte por estresse, doenças
graves e alcoolismo e, por essas razões, têm uma expectativa de vida média de
55 a 60 anos, não cumprindo assim o requisito da idade mínima proposta pela
reforma do governo Temer.
Fazendo
referência aos profissionais da segurança pública de forma geral, deputados destacaram
a importância desse seguimento para a sociedade, e disseram que conceder um
regime de previdência diferenciado para esses profissionais não seria um
privilégio mais sim um reconhecimento pela profissão de risco que exercer no
cotidiano e ao longo da carreira.
Se as entidades representativas dos Guardas
Municipais seguirem ao pé da risca o dito popular “quem não chora não mama”, há
uma grande possibilidade de a categoria também ficar inclusa em um regime de previdência
diferenciado. Vamos aguardar.
GM
NOTÍCIA-AL
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