Os Guardas Municipais de Maceió, mais
uma vez, passarão a ser comandados por um coronel da Polícia Militar. O titular
que assumirá a Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública (SEMSOP), a
partir de janeiro, será o coronel Ivon Berto.
Nas últimas eleições de outubro, o
militar foi candidato a vice-prefeito de Maceió na chapa de Paulo Memória, pelo
PTC que é comandado pelo senador Fernando Collor.
Os dois últimos coronéis que
comandaram a Guarda Municipal nos últimos anos – Matias na gestão de Cícero
Almeida e Edmilson Cavalcante no primeiro mandato de Rui Palmeira – não
conseguiram resolver as duas principais deficiências do órgão: aumentar o quadro efetivo e regularizar o
porte de arma dos GMs. Ambos os militares foram alvos de protestos dos GMs,
na época, que pediram a exoneração dos mesmos.
Pela calmaria das lideranças que
integram as entidades representativas, Sindicato e Associações, parece-nos que
não haverá resistência quanto à indicação de Ivon Berto para comandar a Guarda
Municipal, toda via, há seguimentos em meio à categoria que são contrários a
presença de militares por entender que eles representam um retrocesso à
instituição.
Em um dos e-mails recebidos essa
semana pelo GM NOTÍCIA-AL, um GM fez o seguinte comentário ao falar sobre o
retorno de militares a Guarda Municipal:
“Isso
é fato, quando os coronéis estão na ativa fazem de tudo para manter a Guarda
Municipal apagada perante a sociedade, quando vão para inatividade passam a
disputar o comando do órgão com unhas e dentes. Parece mesmo que tamanho
interesse se resume ao atraente salário de R$ 17 mil que eles passam a receber
quando assumem o posto de secretário municipal”.
Exceções a parte, o comentário do Guarda Municipal se justifica. Em 2014, por
exemplo, a Federação Nacional de Entidades de Oficiais Estaduais (FENEME) - instituição
que representa os comandantes da Policia Militar - chegou a ajuizar uma Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5156, no Supremo Tribunal Federal (STF), numa
tentativa de barrar a provação da Lei nª 13.022/2014 (Estatuto Geral dos
Guardas Municipais). Um dos argumentos usados pela Federação era que os GMs não
podiam atuar como polícia nos municípios.
É
fato e lamentável que as Guardas Municipais permanecem sendo usadas
como moeda de troca pelos partidos políticos e servidas como cabide de emprego
para muitos. Trata-se de uma realidade absurda que precisa urgentemente ser
mudada.
GM NOTÍCIA-AL
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