6 de dezembro de 2016

REFORMA DA PREVIDÊNCIA REDUZIRÁ PELA METADE VALOR DA PENSÃO POR MORTE

A reforma da previdência, prevista para ir a Câmara dos Deputados nessa terça-feira (06/12), levará viúvas de Guardas Municipais a receber apenas 50% do salário do marido após o seu falecimento. Para que a esposa e filhos não venham passar necessidades, o governo decidiu fazer uma graça e manter 10% do salário por filho ou dependente. As mudanças são preocupantes.

Se considerarmos, por exemplo, o fato de o Guarda Municipal quando em vida tiver financiado uma casa própria, terreno ou um automóvel, com certeza a viúva terá que perder tudo o que foi investido porque não terá condições de manter as prestações.

Temendo possível revolta entre os militares – Exercito, Marinha, Aeronáutica, Policia e Bombeiro Militar -, o governo decidiu não incluir esse seguimento nessa reforma da previdência, toda via, promete apresentar uma proposta em separado para eles.

O governo federal vem mantendo o discurso de que é preciso fazer uma reforma na previdência com a finalidade de manter a sustentabilidade das contas públicas, já que o déficit seria crescente no âmbito da previdência por conta do envelhecimento da população e da queda na taxa de natalidade no Brasil.

Tem sido impressionante, até então, o quietíssimo das entidades de classe diante dessa proposta massacrante do governo federal.
GM NOTÍCIA-AL

Veja alguns pontos já debatidos pelo governo

Homens e mulheres só poderão se aposentar com 65 anos - a mesma idade para os dois. E o tempo mínimo de contribuição passa a ser de 25 anos. As regras valem para o setor privado e também para o setor público.

O governo está propondo uma regra de transição para homens com mais de 50 anos e mulheres e professores com mais de 45 anos. Para esses trabalhadores, haveria um tempo adicional para a aposentadoria correspondente à metade do que ainda falta pelas regras atuais.

Mudanças também em pensões e benefícios sociais. Pensões por morte não serão mais pagas integralmente para o setor público. Serão reduzidas à metade, com acréscimo de 10% por dependente como ocorre no setor privado.

Benefícios sociais não seguirão mais a política de reajuste do salário mínimo, com ganhos reais - serão reajustados de acordo com a inflação - e a idade para requerer passa de 65 para 70 anos.

A reforma precisa passar pela Câmara e pelo Senado para depois ser sancionada pelo presidente Michel Temer. Enquanto isso, valem as regras atuais.

Da proposta, ficaram de fora os militares. Segundo o governo, a economia com essas novas regras pode chegar a R$ 700 bilhões de em dez anos.
Fonte: Jornal Nacional

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