15 de junho de 2017

“PRECISAMOS DEFENDER TUDO O QUE JÁ FOI CONQUISTADO E CONTINUARMOS LUTANDO PELO QUE AINDA HÁ PARA CONQUISTAR”

Não é exagero afirmar que a desvalorização da Guarda Municipal de Maceió foi e continua sendo culpa exclusiva dos prefeitos que durante décadas optaram por deixar o órgão excluído das prioridades de investimentos.

A Guarda já foi gerida por delegados com vasta experiência na segurança pública, por coronéis do mais alto gabarito, por operadores do direito conceituados, e, no entanto, nenhum deles conseguiu resgatar a alta estima dos GMs e valorizar a instituição. Quer saber qual foi à causa de todo esse insucesso? A indisponibilidade de recursos freados pelos próprios prefeitos.
 
Sem dinheiro para capacitar, estruturar e mostrar serviço junto à população, os gestores que passaram pela Guarda sempre buscaram fazer uso da criatividade passando a adotar medidas paliativas que tão somente serviram para camuflar a crise vivida pela instituição e evitar a rotulação de seus nomes como incompetentes. O que não foram.

Ao longo dos anos, as medidas paliativas mais usadas para projetar uma realidade inexistente e camuflar o caos na Guarda Municipal foi à criação de grupamentos, a exemplo do GAJAR, GAAO, Banda de Música, Bike Patrulha, CGTRAN, GPOP, dentre outros.

Com o desejo de ver a instituição crescer enquanto órgão municipal de segurança, GMs, Inspetores e Subinspetores, durante anos, se deixaram levar por promessas de que tais grupamentos receberiam coletes balísticos, fardamentos, viaturas, armamento, capacitação, aumento de efetivo e incentivo financeiro, promessas que nunca foram cumpridas na íntegra.                  

As desculpas dos prefeitos de que não poderiam tirar a Guarda do atraso sempre foram às mesmas, “a arrecadação está baixa”, “estamos atravessando forte crise financeira”, “há instabilidade política no país”, “estamos administrando no limite”, etc.

Na esperança de que vinham dias melhores, GMs continuaram exercendo a profissão com uniformes desbotados, com coturnos rasgados, com baixo efetivo, sem coletes balísticos, com salários defasados, sem armamento, treinamento, amparo jurídico, em fim, puseram suas vidas em risco em prol de dias melhores.

Sem ter como defender a si próprio e a população passaram décadas desempenhando mero papel de espantalhos da marginalidade, enquanto isso, prefeitos eram acusados por corrupção, por desviar milhões de reais da saúde, da educação, e até da segurança pública municipal que na prática nunca existiu.

Numa demonstração de que foi pouco deixar a Guarda Municipal no atraso por décadas, eis que agora aparece o então prefeito de Maceió, Rui Palmeira, dando demonstração de que é possível engordar ainda mais os cofres da prefeitura tirando dos salários dos Guardas Municipais.

Caso se confirme o não repasse da inflação acumulada no ano passado, míseros 6,29%, os GMs somarão perdas salariais de 12,46%, já que em 2016 o governo deixou de repassar 6,17% do IPCA acumulado no ano anterior.

Se considerarmos os rumores de que o governo poderá acabar com o anuênio, será mais 1% de perda. Os GMs ainda corre grande risco de sofrer mais cortes com as reformas que estão por vir, como a da previdência municipal, do plano de cargos e carreira, do estatuto geral, e, ainda, as da reforma da maldade do governo Temer.

O momento é de união, organização e coragem para defendermos o que já conquistamos e de continuarmos lutando pelo que ainda há para conquistar.
GM NOTÍCIA-AL

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