Na
bronca com o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), o qual teria
desrespeitado a data-se – janeiro 2017 - da categoria e descumprido prazo de
seis meses para apresentar proposta de reajuste, os Guardas Municipais de
Maceió aproveitaram a última quarta-feira (04/07), e decidiram se aquartelar em
protesto.
Durante
a manhã, na sede da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Convívio Social
(SEMSCS), GMs aquartelados chegaram a se posicionar enfrente ao portão principal
numa tentativa de impedir que companheiros de farda do Grupo de Ação e Apoio
Operacional (GAAO), que não haviam aderido ao ato, saíssem para trabalhar com as
viaturas.
Durante
o protesto surgiram rumores de que o secretário Ivon Berto teria mandado
identificar GMs ligados aos grupamentos da ROMU e do GAAO, que tivessem aderido
ao aquartelamento, visando posterior retaliação, boatos que mais tarde foi veementemente
desmentido pelo Secretário durante reunião com o Sindicato da categoria, onde também
teria assegurado que não haveria perseguições.
Ainda
no decorrer da manhã, o titular da SEMSCS, Ivon Berto, se reuniu com os GMs
aquartelados no auditório. Ele disse respeitar a decisão da categoria de protestar
por reajuste salarial. Reforçou o pedido feito pelo prefeito para que os GMs
aguardassem por mais três meses. Reiterou não concordar com a interdição do
portão a fim de evitar que GMs que não aderiram ao protesto saíssem para
trabalhar. Por fim, fez um relato sobre os processos que estariam em curso
visando à aquisição de equipamentos para a Guarda Municipal.
Além
de cobrar a reposição salarial (6,29%) do prefeito Rui Palmeira, de forma
justa, os Guardas Municipais também pedem a realização de concurso público, a
regularização do porte de arma, a implantação de carreira única, melhorias nas
condições de trabalho, implantação de titulações e pagamento de retroativos atrasados.
O
prefeito Rui Palmeira, por sua vez, já havia alegado ao Sindicato da
categoria não haver condições financeiras para conceder reajuste de 6,29%, a negativa
da reivindicação dos GMs, segundo o governo, se justificaria na “conjuntura
nacional”, “a incerteza econômica” e no “estrangulamento das contas”.
Os
Guardas Municipais, Inspetores e Subinspetores, que aderiram ao aquartelamento,
criticaram a ausência dos demais colegas de farda que não comparecerem ao
protesto.
“Pelo amor de Deus pessoal! Não temos mais
nada a perder. Era pra estar aqui todo o nosso efetivo, já são dois anos
acumulando perda salarial, dezessete anos aguardando concurso, quatorze anos esperando
o porte de arma, já não respeitam mais o nosso plano de cargos, com essas
reformas que estão por vir com certeza iremos sofrer mais perdas e acumular
mais prejuízos”. Desabafou um
Guarda Municipal.
GM NOTÍCIA-AL
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