6 de julho de 2017

GMs DE MACEIÓ SE AQUARTELAM POR REAJUSTE SALARIAL

SECRETÁRIO IVON BERTO TERIA ASSEGURADO AO SINDICATO DA CATEGORIA QUE NÃO HAVERÁ PERSEGUIÇÕES

Na bronca com o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), o qual teria desrespeitado a data-se – janeiro 2017 - da categoria e descumprido prazo de seis meses para apresentar proposta de reajuste, os Guardas Municipais de Maceió aproveitaram a última quarta-feira (04/07), e decidiram se aquartelar em protesto.

Durante a manhã, na sede da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Convívio Social (SEMSCS), GMs aquartelados chegaram a se posicionar enfrente ao portão principal numa tentativa de impedir que companheiros de farda do Grupo de Ação e Apoio Operacional (GAAO), que não haviam aderido ao ato, saíssem para trabalhar com as viaturas.

Durante o protesto surgiram rumores de que o secretário Ivon Berto teria mandado identificar GMs ligados aos grupamentos da ROMU e do GAAO, que tivessem aderido ao aquartelamento, visando posterior retaliação, boatos que mais tarde foi veementemente desmentido pelo Secretário durante reunião com o Sindicato da categoria, onde também teria assegurado que não haveria perseguições.

Ainda no decorrer da manhã, o titular da SEMSCS, Ivon Berto, se reuniu com os GMs aquartelados no auditório. Ele disse respeitar a decisão da categoria de protestar por reajuste salarial. Reforçou o pedido feito pelo prefeito para que os GMs aguardassem por mais três meses. Reiterou não concordar com a interdição do portão a fim de evitar que GMs que não aderiram ao protesto saíssem para trabalhar. Por fim, fez um relato sobre os processos que estariam em curso visando à aquisição de equipamentos para a Guarda Municipal.

Além de cobrar a reposição salarial (6,29%) do prefeito Rui Palmeira, de forma justa, os Guardas Municipais também pedem a realização de concurso público, a regularização do porte de arma, a implantação de carreira única, melhorias nas condições de trabalho, implantação de titulações e pagamento de retroativos atrasados.

O prefeito Rui Palmeira, por sua vez, já havia alegado ao Sindicato da categoria não haver condições financeiras para conceder reajuste de 6,29%, a negativa da reivindicação dos GMs, segundo o governo, se justificaria na “conjuntura nacional”, “a incerteza econômica” e no “estrangulamento das contas”.

Os Guardas Municipais, Inspetores e Subinspetores, que aderiram ao aquartelamento, criticaram a ausência dos demais colegas de farda que não comparecerem ao protesto.

Pelo amor de Deus pessoal! Não temos mais nada a perder. Era pra estar aqui todo o nosso efetivo, já são dois anos acumulando perda salarial, dezessete anos aguardando concurso, quatorze anos esperando o porte de arma, já não respeitam mais o nosso plano de cargos, com essas reformas que estão por vir com certeza iremos sofrer mais perdas e acumular mais prejuízos. Desabafou um Guarda Municipal.
GM NOTÍCIA-AL      

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