PARALISAÇÃO
ACONTECE POR TEMPO INDETERMINADO; CATEGORIA DECIDIU RUMOS DO MOVIMENTO DURANTE
ASSEMBLEIA NO CLUBE FÊNIX
Em
greve a partir desta terça-feira (17), os servidores públicos municipais se
reuniram no Clube Fênix, no bairro do Jaraguá, e, de lá, partiram em passeata
pelas ruas do Centro da cidade, em direção ao gabinete do prefeito. A categoria
pede 15,41% de reposição inflacionária e luta para que o reajuste atenda cerca
de 13.500 servidores ativos e aposentados.
De acordo com a presidente do Sindicato dos
Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Maria Consuelo, o único aumento
proposto pelo Município foi de 3%. Caso a Prefeitura judicialize a greve, os
sindicatos envolvidos - uma média de oito entidades - devem, também, acionar
seus departamentos jurídicos para contrapor o Executivo. "Neste caso,
também vamos buscar, na Justiça, nossos direitos e mostrar que quem está sendo
ilegal é o gestor, que não garante o reajuste dos trabalhadores", alertou.
Na oportunidade, a sindicalista disse que não
há reconhecimento do Município aos servidores, "pelo que representam para
a sociedade maceioense". "Precisamos estar nas ruas para dizer não a
esse governo que não reconhece os servidores, para que possamos marchar e cobrar
desse prefeito".
DELIBERAÇÕES
Durante a manhã, centenas de servidores
ocuparam o pátio do Clube Fênix para ouvir as primeiras deliberações do
movimento grevista. Após a assembleia, os profissionais das mais diversas áreas
saíram em passeata pelas ruas do Centro, com destino à sede da Prefeitura, no
Jaraguá. "Pedimos a participação de todos para que a gente não dê um tiro
no pé", declarou Sidney Lopes, presidente do Sindicato dos Servidores
Público do Município de Maceió.
O comando de greve também definiu as ações
para amanhã, quando passam por locais de trabalho da Educação, Saúde e
Segurança, como forma de fortalecer o movimento. Maria Consuelo reforçou que 73
escolas já estão sem funcionar e outras estão parcialmente fechadas.
"Vamos buscar as escolas que estão
abertas para conscientizar os trabalhadores da importância do movimento. Na
quinta, faremos peregrinação nas rádios, para dizer o que está acontecendo no
Município de Maceió. E, na sexta, uma ação na porta da Secretaria de
Finanças", pontuou a presidente do Sinteal.
No pátio do Clube, os servidores exibiram uma
faixa com os dizeres: "Nem zero
nem 3%. Servidores públicos de Maceió merecem mais".
REPOSIÇÃO
DA INFLAÇÃO
A categoria pleiteia 15,41% de reposição, que
precisa contemplar os cerca de 12.600 servidores ativos e, aproximadamente,
oito mil aposentados.
No início da manhã, por telefone, o
presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Sidney Lopes,
salientou que o Município não quer conceder o mínimo ao funcionalismo, que é a
reposição inflacionária de três anos. Além disso, segundo ele, o embate gira em
torno da implantação do data-base, que deveria ter ocorrido em janeiro deste
ano, sendo implementado apenas em maio e sem nenhum retroativo.
"Como se não bastasse, tem a progressão
por mérito que o prefeito não deu valor. De dois em dois anos, temos direito a
5% de aumento pelo Plano de Carreiras. No momento, o Município atrasa duas
progressões", pontuou Lopes.
NOTA
Em nota, a Prefeitura de Maceió afirmou que o
reajuste de 3% é o máximo ao qual a administração municipal consegue chegar.
"A
proposta de reajuste de 3% ofertada pela Prefeitura de Maceió é o percentual
possível, considerando a capacidade financeira do Município e respeitando os
limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
O
reajuste proposto está dentro da média concedida pelas capitais, de acordo com
informações do Fórum Nacional de Secretários Municipais de Administração das
Capitais (Fonac). Maceió registrou cortes significativos nos repasses federais,
mas a Prefeitura tem mantido como prioridade a regularidade no pagamento da
folha salarial."
Fonte:
Gazetaweb
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