Embora ainda não tenha assumido publicamente
a sua repulsa contra os servidores públicos, os atos e as
constantes investidas do Ministro da Economia, Paulo Guedes, no sentido de
querer descredibilizar e culpabilizar o funcionalismo público por toda a
precariedade dos serviços prestados a população, tem evidenciado a sua pretensão
de substituir o funcionalismo de carreira por servidores terceirizados, e eis
que na última semana Paulo Guedes teria deixado escapulir mais uma de suas
medidas perversas contra os Servidores Públicos e principalmente contra os
Sindicatos.
De acordo com matéria publicada no G1, na
manhã desta segunda-feira (22), pela jornalista Cristiana Lôbo, Paulo Guedes
teria anunciado a substituição do atual modelo de reajuste salarial dos
Servidores Públicos pelo processo de meritocracia. Tal anúncio teria ocorrido
numa reunião com sua equipe no Ministério da Economia, na semana passada.
Segundo a jornalista, “o valor do reajuste
passaria a ser diferenciado e a partir da avaliação feita pelo cidadão ao
utilizar o serviço público”. Técnicos de Paulo Guedes estariam estudando como implementar
este tipo de avaliação para os Servidores Públicos. "Depois de ser atendido, o
cidadão faz sua avaliação. Ao final do ano, vamos ver qual o percentual de
avaliações positivas, negativas e neutras para definir o porcentual do
reajuste", teria dito o ministro.
Uma das ideias do ministro anti-servidor público
seria adotar o mesmo modelo de avaliação hoje usado por empresas privadas e
lojas comerciais, ou seja, na saída de um posto de saúde, por exemplo, o
usuário apertaria o botão verde para
confirmar a sua satisfação, o amarelo
se o atendimento foi regular ou o vermelho
se o atendimento não foi satisfatório, simples assim.
Imaginem os senhores numa unidade de saúde
aonde o usuário não consegue ser atendido porque não há seringas, luvas,
material para curativo, etc. Diante de tal precariedade quem será o prejudicado
com a avaliação desse usuário indignado? O prefeito? O secretário de saúde? Os
vereadores? Ou os servidores que se encontram na linha de frente recebendo todo
o tipo de pancada dos usuários por conta do descaso de tais gestores?
Diante dessa proposta de Paulo Guedes, com
certeza os Guardas Municipais de Maceió seriam mais uma categoria que
permaneceria com os salários defasados. Sem dispor dos meios logísticos para
exercer a profissão, e com o efetivo estagnado há mais de 17 anos, e sem ter como
evitar arrombamentos e depredações em escolas, creches, postos de saúde, praças,
entre outras ações delituosas, com certeza a população indignada jamais apertaria
o botãozinho verde expressando a sua satisfação em prol dos Guardas Municipais.
Conforme bem ressaltou a Jornalista Cristiana
Lôbo, caso essa proposta do ministro vá adiante, “uma das consequências será o
enfraquecimento dos Sindicatos que representam as diversas categorias do
serviço público”.
GM
NOTÍCIA-AL
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