"Nós
recebemos uma denúncia, na noite de sábado e, no outro dia, fizemos uma ação de
inteligência entre o Garras [Delegacia Especializada de Repressão à Roubos a
Bancos, Assaltos e Sequestros] e o Choque. As equipes monitoraram a casa do
suspeito, desde as primeiras horas do dia e depois houve a abordagem",
afirmou ao G1 o delegado Fabio Peró, titular da unidade
policial.
O
primeiro local foi no cruzamento da avenida Eduardo Elias Zahran com a Rodolfo
José Pinho, por volta das 9h30 (de MS), desse domingo (19). "Ele estava
com uma pistola e 30 munições de calibre 380. Nós seguimos para um segundo
endereço dele no Portal Caiobá, onde encontramos mais uma arma e munições.
Depois, retornamos para a delegacia e lá soubemos de um terceiro endereço dele",
comentou Peró.
Ao
chegar, os policiais fizeram vistoria e apreenderam o arsenal escondido dentro
de um baú, em um cômodo. "A quantidade e qualidade das armas, usadas no
Exército, de grosso calibre, além de uso restrito, nos chamou a atenção. É mais
um resultado do trabalho de interação das polícias militar e civil para frear o
crime", comentou o capitão do Batalhão de Choque da Polícia Militar
(BpChoque), Rigoberto Rocha.
Foram
apreendidos 18 fuzis de calibre 762 e 556, espingarda de calibre 12, carabina
de calibre 22, além de 33 carregadores e quase 700 munições. "São todas
armas sem registro, ilegais e o destino será investigado agora.
Provavelmente,
elas tem origem no Paraguai. Além das armas, nós achamos um carro com registro
de roubo/furto e ele então vai responder pelo artigo 16, que é a posse ilegal e
também receptação", explicou o delegado João Paulo Sartori, adjunto do
Garras.
O
suspeito passou por interrogatório e não quis responder as perguntas. Ele tinha
um antecedentes criminal, porém, já havia cumprido pena. Ele era concurso na
Guarda Municipal e, há pouco, também foi aprovado em um concurso da Agência
Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
A polícia comentou que, uma pistola
Glock está avaliada no "mercado legal" em torno de R$ 8 mil. Já o
fuzil tem o valor em torno de R$ 25 mil a R$ 30 mil. "Por estar em uma
capital nos chamou muito a atenção, algo que não vimos ser apreendido em uma
cidade como Ponta Porã, por exemplo. Na rodovia sim, já houve uma apreensão
muito maior, porém, em Campo Grande, chamou a atenção. Nossa linha vai seguir e
inclusive queremos verificar se as armas tinham ligação em homicídio apurados
pela nossa força-tarefa", finalizou o delegado.
Fonte: G1 MS
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