18 de fevereiro de 2020

GUARDAS MUNICIPAIS DE MACEIÓ RECEBEM TREINAMENTO PARA USO DE NOVOS ESPARGIDORES

O SPRAY NÃO É NOCIVO AO SER HUMANO, MAS POSSIBILITA IMOBILIZAR O AGRESSOR, ALÉM DE EVITAR A UTILIZAÇÃO DE ARMA LETAL

Os guardas municipais de Maceió receberam nesta segunda-feira (17), um treinamento para uso dos novos espargidores (spray). Realizadas na sede da Guarda Municipal, no bairro do Vergel, as aulas tiveram todo um dia de duração. Após a apresentação dos fundamentos teóricos e participantes tiveram instrução prática.

A capacitação visa preparar os agentes de segurança pública para utilização do equipamento, dentro das normas internacionais, bem como em atendimento à legislação nacional, especificamente a Lei nº 13.060/2014, que disciplina o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública em todo o território nacional.

No treinamento, foram selecionados agentes da Guarda Municipal de Maceió que pudessem ser multiplicadores, repassando aos demais todo o conhecimento e prática adquiridos com esse novo instrumento da Guarda. “A ideia é que esses guardas transmitam aos colegas o que aprenderam, conseguindo que todos os agentes possam ter condições de desenvolver um trabalho de forma correta, utilizando a força de forma seletiva, com a finalidade de ter a condição de imobilizar o agressor, sem precisar utilizar a arma letal”, destaca o coordenador de Planejamento e Operações da Guarda, inspetor Manoel Costa.

“Em outra oportunidade fiz um treinamento deste, também, na Academia de Polícia e, na ocasião, a gente utilizou outro tipo de spray. O que estamos vendo agora é uma novidade para a instituição e para nós agentes de segurança. Hoje, as ocorrências que necessitam da utilização de equipamentos não letais são em torno de 70%, por isso é de grande importância para nós adquirir o equipamento e treinamentos adequados para nossas ações”, diz satisfeito, o guarda municipal Alex Praxedes, que participou do treinamento.

O instrutor do treinamento, Rogério Beltrão, vice-presidente na empresa Poly Defensor, empresa de tecnologia não-letal e fornecedora do equipamento, explica que a comunidade internacional demonstra seu interesse no uso de dispositivos para o controle de ações agressivas que sejam capazes de não deixar lesões permanentes e de não causar sofrimento além do necessário. “É a Doutrina do Menor Dano, que está expressa na Lei Humanitária Internacional (IHL), ou seja, a intenção é causar o menor dano possível no ser humano”, afirma.

O treinamento é realizado em dois níveis: o de operador e o de instrutor. “A diferença é que os instrutores tiveram avaliação específica após instrução. Os guardas municipais de Maceió já são capacitados, mas essa é a atualização de conteúdo das legislações mais recentes, e está tendo uma aceitação muito boa. A Secretaria de Segurança e Convívio Social está trazendo o que há de mais moderno no mundo em tecnologia não-letal”, reconhece.

“É um produto de 2015, ainda novo, essa é a primeira vez que a Guarda de Maceió está utilizando e a aceitação do curso é muito importante. Isso porque estamos aplicando a doutrina de direitos humanos atualizada de acordo com o documento da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2014 e da lei brasileira de 2014, além das técnicas do uso seletivo e racional da força de 2018, então é um curso bem atualizado”, conclui o instrutor.

Diferencial

Adquiridos com recursos municipais, estes produtos têm um diferencial com relação aos popularmente conhecidos ‘sprays de pimenta’, pois são menos nocivos ao corpo humano.  Estes sprays são fabricados com outras substâncias e o produto foi adquirido com a intenção de garantir a contenção do agressor, sem causar danos posteriores, pois diminui consideravelmente o risco de causar algum tipo de lesão, decorrente de alergias.

Além disso, o dispositivo também preserva os inocentes, estabelecendo que apenas o agressor sinta os agentes químicos, também garante que o método utilizado não deixe nenhuma sequela para a saúde humana ou meio ambiente, não causa sofrimento além do necessário para conter e imobilizar o agressor.
Fonte: ASCOM SEMSCS

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