A
Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados rejeitou o Projeto de
Lei 2319/07, do Senado, que estende a isenção do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) aos
equipamentos adquiridos por órgãos de segurança dos municípios.
A rejeição ao texto e seus 23 apensados foi recomendada pelo relator na comissão, deputado
Enio Verri (PT-PR), por incompatibilidade e pela inadequação orçamentária e
financeira. Este tipo de rejeição implica no arquivamento do projeto, mas cabe
recurso ao Plenário da Câmara.
“Devido à atual
situação de desajuste nas contas públicas e de acentuada queda na arrecadação
dos tributos federais, devemos considerar não atendidos os requisitos exigidos
em lei [Emenda Constitucional 95,
que criou o teto dos gastos públicos], razão pela qual o projeto principal e os
apensados são incompatíveis e inadequados financeira e orçamentariamente”,
afirmou Verri.
Atualmente a isenção de IPI é concedida apenas se tais órgãos estiverem
vinculados à União, aos estados e ao Distrito Federal. É válida para aquisição
de aparelhos transmissores e receptores de radiotelefonia e radiotelegrafia,
veículos para patrulhamento policial, armas e munições.
A Constituição
assegura o direito de um ente federado não sofrer tributação por parte do
outro. Porém, quando um estado adquire um bem industrializado, acaba suportando
o ônus do IPI, que é pago pela indústria ao longo da cadeia de produção. O
consumidor final, apesar de não ser o contribuinte do imposto, acaba arcando
com os custos, que são embutidos no preço do produto.
Fonte:
Notícias Câmara
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