A
medir pelos inúmeros desabafos de insatisfação de Guardas Municipais nas mídias
sociais, parece-nos haver consenso de que não é mais possível tolerar o
continuísmo de dirigentes administrando entidades representativas por décadas, isso
é ruim para a coletividade, impede a circulação de novas ideias, o surgimento
de novas lideranças, cria vícios de representação que são maléficos para a categoria
representada.
É
comum vermos entidades de classe descredibilizada, desmoralizada, agonizando
por falta de renovação de seus dirigentes. As categorias precisam entender que,
ser um representante sindical, por exemplo, rende status de liderança, visibilidade,
bons contatos, influência e, acima de tudo, poder, capacidade de deliberar que
não pode e não deve ser outorgada a qualquer um.
“O cachimbo
fumado com um único lado da boca entorta o lábio”. Foi com essa frase que o renomado sociólogo e professor da
Universidade de Brasília (UnB), Sadi Dal Rosso, defendeu que a alternância de
poder nas entidade sindicais é uma questão democrática, não sendo possível,
portanto, ter um sistema sindical com mandatos sucessórios, mantendo uma mesma
linha, as mesmas figuras “representando” uma categoria por décadas.
Há
muitas entidades no Brasil que deveriam olhar para os Guardas Municipais com
respeito e comprometimento, no entanto, muitas se transformaram em verdadeiros feudos
de dirigentes que, em muitos casos, as utilizam para fins particulares,
realidade que só pode ser mudada pela própria categoria participando ativamente
das eleições para renovação dos dirigentes.
Lamentavelmente,
Alagoas é um dos estados da federação no qual há liderança sindical Guarda
Municipal que caminha para se aposentar sem ter vestido a farda azul marinho e ter
calçado o coturno em toda a sua vida funcional.
Caso
os Guardas Municipais alagoanos decidam reconduzir o atual presidente do
Sindguarda-AL, Carlos Antônio (Pisca), por mais um mandato de 5 anos, nas
eleições previstas para 10 de janeiro de 2020, estarão dando-lhe a outorga para
completar 25 anos de gestão à frente do Sindicato.
A crítica, que foi construtiva e no meu ver ética, mais uma pergunta que não quer calar qual é as alternativa que nós temos para promover está substituição, por favor eu quero e estou esperando que neste pleito apresente várias chapas com Pessoas quê inspire confiança para que possamos fazer à escolha certa.
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