Em Maceió você não precisa ser nenhum
equisper em segurança pública para saber que as regiões periféricas são
verdadeiros criadouros de delinquentes juvenis, isso porque a ausência do poder
público, em especial da Prefeitura, tem contribuído para o agravamento desse
quadro e elevado o sofrimento dessas populações que clama e implora por
assistência em todas as áreas, com destaque, a prestação dos serviços de saúde
pública.
Você pode estar se perguntando o que o Guarda
Municipal de Maceió tem haver com essa ineficiência da Prefeitura. Tem haver e
muito. Vamos viajar até o Conjunto Residencial Carminha, situado no bairro do
Benedito Bentes, onde os servidores do posto de saúde Dídimo Otto kummer, já
bateram o pé e decidiu que só atende a comunidade com a presença da Guarda
Municipal. Essa sábia decisão dos servidores ocorreu em 2013 depois que uma
moradora revoltada com a ineficiência da prefeitura decidiu cobrar melhorias
armada com uma faca peixeira, situação a qual botou a vida de todos em risco,
inclusive do Guarda Municipal.
A céu aberto para quem quiser ver e registrar
o posto de saúde do Caminha continua sendo sinônimo de descaso e desrespeito a
população carente. É comum o atendimento deixar de ser prestado por não ter
luvas, seringas, material para curativos, água potável e remédios. As
instalações são pequenas e não suporta a demanda dos usuários. O quadro de
médicos em várias especialidades igualmente o dos funcionários se encontra
defasados. O mato aos poucos estar tomando conta do entorno do posto. Há
infiltrações e a população cobra aumento no número de atendimentos.
A ineficiência da prefeitura com a saúde não
se resume apenas a prestação de serviço à população, mas também com a segurança
dos usuários. Em 2013, ao invés da prefeitura ter realizado concurso público
para aumentar o efetivo da Guarda Municipal assegurando uma atuação permanente
nos postos de saúde, optou por adotar medida paliativa e desperdiçou cerca R$
2,7 milhões na contratação terceirizada de 144 vigilantes que prestou serviço
por apenas seis meses. Com esses recursos, por exemplo, a prefeitura teria
regularizado o porte de arma de fogo dos Guardas que em média teria custado à
metade desse valor e assegurado, por tempo indeterminado, a segurança dos
postos de saúde na capital.
No Carminha de um lado estão os médicos e
funcionários tentando, sem condições, fazer milagres e se virando nos trinta
para prestar atendimento, do outro lado aparece à comunidade, doente,
desesperada e revoltada, enxergando nos médicos e funcionários do posto um alvo
para extravasar suas frustrações, quadro que tem gerado agressões verbais e
ameaça constante de agressões físicas, uma bomba prestes a explodir cujo pavio
tem competido aos Guardas Municipais apagar, mesmo sem dispor das condições
para isso já que trabalham desarmados.
Exposto e sem direito a defesa, juntamente
com os demais servidores do posto de saúde, ao Guarda Municipal resta continuar
atuando como mediador e protelando ao máximo um problema que parece não ter solução.
GM NOTÍCIA-AL
Um comentário:
Acredito que esta situação não pertença só a esse posto mas também aos outros postos onde nossos irmãos de sangue azul estão lotado.
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