9 de julho de 2015

INEFICIÊNCIA DA PREFEITURA EM PRESTAR SERVIÇO DE SAÚDE BOTA OS GMs DE MACEIÓ EM SITUAÇÃO DE RISCO


Em Maceió você não precisa ser nenhum equisper em segurança pública para saber que as regiões periféricas são verdadeiros criadouros de delinquentes juvenis, isso porque a ausência do poder público, em especial da Prefeitura, tem contribuído para o agravamento desse quadro e elevado o sofrimento dessas populações que clama e implora por assistência em todas as áreas, com destaque, a prestação dos serviços de saúde pública.

Você pode estar se perguntando o que o Guarda Municipal de Maceió tem haver com essa ineficiência da Prefeitura. Tem haver e muito. Vamos viajar até o Conjunto Residencial Carminha, situado no bairro do Benedito Bentes, onde os servidores do posto de saúde Dídimo Otto kummer, já bateram o pé e decidiu que só atende a comunidade com a presença da Guarda Municipal. Essa sábia decisão dos servidores ocorreu em 2013 depois que uma moradora revoltada com a ineficiência da prefeitura decidiu cobrar melhorias armada com uma faca peixeira, situação a qual botou a vida de todos em risco, inclusive do Guarda Municipal.

A céu aberto para quem quiser ver e registrar o posto de saúde do Caminha continua sendo sinônimo de descaso e desrespeito a população carente. É comum o atendimento deixar de ser prestado por não ter luvas, seringas, material para curativos, água potável e remédios. As instalações são pequenas e não suporta a demanda dos usuários. O quadro de médicos em várias especialidades igualmente o dos funcionários se encontra defasados. O mato aos poucos estar tomando conta do entorno do posto. Há infiltrações e a população cobra aumento no número de atendimentos.

A ineficiência da prefeitura com a saúde não se resume apenas a prestação de serviço à população, mas também com a segurança dos usuários. Em 2013, ao invés da prefeitura ter realizado concurso público para aumentar o efetivo da Guarda Municipal assegurando uma atuação permanente nos postos de saúde, optou por adotar medida paliativa e desperdiçou cerca R$ 2,7 milhões na contratação terceirizada de 144 vigilantes que prestou serviço por apenas seis meses. Com esses recursos, por exemplo, a prefeitura teria regularizado o porte de arma de fogo dos Guardas que em média teria custado à metade desse valor e assegurado, por tempo indeterminado, a segurança dos postos de saúde na capital.

No Carminha de um lado estão os médicos e funcionários tentando, sem condições, fazer milagres e se virando nos trinta para prestar atendimento, do outro lado aparece à comunidade, doente, desesperada e revoltada, enxergando nos médicos e funcionários do posto um alvo para extravasar suas frustrações, quadro que tem gerado agressões verbais e ameaça constante de agressões físicas, uma bomba prestes a explodir cujo pavio tem competido aos Guardas Municipais apagar, mesmo sem dispor das condições para isso já que trabalham desarmados.

Exposto e sem direito a defesa, juntamente com os demais servidores do posto de saúde, ao Guarda Municipal resta continuar atuando como mediador e protelando ao máximo um problema que parece não ter solução.
GM NOTÍCIA-AL

Um comentário:

Valter disse...

Acredito que esta situação não pertença só a esse posto mas também aos outros postos onde nossos irmãos de sangue azul estão lotado.