O
anúncio de que um grupo de extermínio – formado inclusive por policiais
militares e civis – agia no município de Pilar, região metropolitana de Maceió,
surpreendeu a população de Alagoas, na manhã desta quarta-feira, 01. A prisão
de 11 envolvidos foi um dos saldos da “Operação Tombstone” (lápide, em inglês),
deflagrada pela Polícia Federal (PF).
Foi
justamente o fato de um dos detidos ser o PM reformado Antônio Correia da
Silva, conhecido como “Chibata”, que trouxe à tona um detalhe ainda mais
curioso acerca do caso. Correia já chefiou a Guarda Municipal do referido
município, e chegou a afirmar em 2013 que havia sido ameaçado de morte. À
época, o número elevado de homicídios na região foi um dos motivos para o
inquérito instaurado pela PF, que culminou nas prisões desta quarta.
Somente
entre os meses de junho e outubro de 2013, foram registrados sessenta, e em
seis meses, 237 inquéritos de homicídios ficaram parados sem autoria material
ou intelectual. De posse destes dados, o Ministério Público Estadual e o Poder
Judiciário participaram de uma reunião com o comando da PM e a delegacia-geral
da Polícia Civil.
“Nesse
período foi identificado grupo de extermínio, constituído inclusive por agentes
públicos, que agia de forma violenta e sistemática sob o falso motivo de
promover uma redução na criminalidade local. Para manter seu anonimato,
constatou-se que o grupo em suas ações executava sumariamente não só criminosos
como também possíveis testemunhas”, informou a PF através de nota.
No
momento da operação, Correia resistiu à prisão e foi baleado no abdômen.
Socorrido pela própria equipe, ele foi levado a um hospital de Maceió.
Fonte:
TNH1
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