22 de setembro de 2016

Quando desviam dinheiro público das prefeituras também desviam a possibilidade de crescimento das Guardas Municipais

JUSTIÇA AFASTA PREFEITO DE MONTEIRÓPOLIS POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

ELMO ANTÔNIO MEDEIROS, SECRETÁRIOS E EX-SECRETÁRIOS MUNICIPAIS ESTARIAM ENVOLVIDOS EM SUPOSTO ESQUEMA DE DESVIO DE VERBAS PÚBLICAS; DECISÃO FOI PUBLICADA NESTA SEGUNDA-FEIRA (19)

O desembargador José Carlos Malta Marques, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), determinou o afastamento do prefeito de Monteirópolis, Elmo Antônio Medeiros, acusado de improbidade administrativa. A decisão foi publicada no Diário da Justiça desta segunda-feira (19).

“É possível constatar a existência de elementos indicativos de possível envolvimento do denunciado Elmo Antônio Medeiros no aludido esquema fraudulento de desvio de dinheiro público, pois, na qualidade de gestor da administração pública municipal, firmou contrato de aluguel de veículos, ordenou despesas e efetuou, sem prévio empenho, pagamentos que não condizem com os serviços efetivamente prestados pela empresa contratada sem procedimento licitatório”, afirmou o desembargador.

De acordo com os autos, a administração pública municipal teria adquirido, por meio de pregão presencial, 137 mil litros de combustível, em tese destinados ao abastecimento da frota de veículos e máquinas da Prefeitura, durante o período de um ano, incluindo 18 mil litros de etanol, tipo de combustível que não seria compatível com nenhum dos veículos que prestam serviços ao município.

Além do prefeito, o suposto esquema de desvio de verbas públicas envolveria secretários e ex-secretários municipais. Segundo apurou o Ministério Público de Alagoas, o prejuízo com as fraudes ultrapassou R$ 2,5 milhões. “Entendo que deve ser deferido o pedido para determinação da imediata suspensão do exercício da função pública de prefeito, como garantia da ordem pública, evitando-se com essa medida impedir a eventual reiteração das práticas criminosas supostamente praticadas”, destacou Malta Marques.

Outros Envolvidos

O suposto esquema envolve também os atuais secretários José Hildo Santos Silva (Agricultura), Kathiana Monteiro Silva (Educação) e Michely Pâmela Medeiros Farias (Saúde), além de ex-secretários e integrantes da administração. Por não possuírem prerrogativa de foro perante o TJ/AL, eles serão julgados pela 17ª Vara Criminal de Maceió.
Fonte: DICOM TJ/AL

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