4 de janeiro de 2017

SEM A PRESENÇA DE GUARDAS MUNICIPAIS ARMADOS E CAPACITADOS BANDIDO DETERMINA FECHAMENTO DA UPA DO BENEDITO BENTES

Médicos e funcionários que trabalham na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do complexo habitacional Benedito Bentes, acharam por bem, na manhã de ontem - terça-feira (03/01), suspender o atendimento a população após serem ameaçados por um marginal que buscou atendimento na UPA.

Durante o ocorrido, a Unidade de Pronto Atendimento contava apenas com um vigilante da iniciativa privada, o qual trabalha desarmado e sem condições de defender a si próprio, os funcionários e a população, ou seja, desempenhava, assim como os Guardas Municipais, mero papel de espantalho da marginalidade.

O fato de haver um vigilante desarmado na Unidade de Saúde nos causa estranheza dado ao fato de a Secretaria Municipal de Saúde ter preferido usar vigilantes armados da iniciativa privada a Guardas Municipais desarmados, que continuam relutando para regularizar o porte de arma desde a entrada em vigor do Estatuto do Desarmamento, dezembro de 2003.

As ameaças recorrentes aos funcionários das Unidades de Saúde de Maceió têm servido para mostrar a população o quanto a Guarda Municipal se encontra excluída das prioridades de investimento do prefeito de Maceió, Rui Palmeira. Com a Guarda Municipal desfalcada em termos de contingente e aparato logístico, Policiais Militares do 5º BPM irão deixar de fazer policiamento ostensivo para desempenhar uma atribuição que caberia a Guarda Municipal executar.

Os Guardas Municipais, assim como os dois últimos gestores – Edmilson Cavalcante e Mônica Suruagy – tentaram de todas as formas e não conseguiram alavancar o aumento do efetivo e o porte de arma de fogo dos Guardas Municipais durante os últimos quatro anos.

Esse ano, com advento da chegada de mais um militar para comandar a Guarda Municipal, Cel. Ivon Berto, novas tentativas deverão ser postas em prática para mudar esse quadro, e como recepção, o futuro gestor já se incumbirá da árdua missão de tentar explicar aos maceioenses o porquê da ineficiência da Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (SEMSCS), frente ao clima de insegurança registrado nas Unidades de Saúde de Maceió.

A bem da verdade, os maceioenses precisam tomar conhecimento, por exemplo, de que a Guarda Municipal se encontra há mais de 16 anos sem realizar concurso público. Que o parte de arma vem sendo reivindicado há mais de 14 anos. Que não há um centro de formação para manter um plano de capacitação continuada. Que há deficiências no aparato logístico.   
GM NOTÍCIA-AL

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