Médicos e funcionários que trabalham na
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do complexo habitacional Benedito Bentes, acharam
por bem, na manhã de ontem - terça-feira (03/01), suspender o atendimento a
população após serem ameaçados por um marginal que buscou atendimento na UPA.
Durante o ocorrido, a Unidade de Pronto
Atendimento contava apenas com um vigilante da iniciativa privada, o qual trabalha
desarmado e sem condições de defender a si próprio, os funcionários e a
população, ou seja, desempenhava, assim como os Guardas Municipais, mero papel
de espantalho da marginalidade.
O fato de haver um vigilante desarmado na
Unidade de Saúde nos causa estranheza dado ao fato de a Secretaria Municipal de
Saúde ter preferido usar vigilantes armados da iniciativa privada a Guardas
Municipais desarmados, que continuam relutando para regularizar o porte de arma
desde a entrada em vigor do Estatuto do Desarmamento, dezembro de 2003.
As ameaças recorrentes aos funcionários das
Unidades de Saúde de Maceió têm servido para mostrar a população o quanto a
Guarda Municipal se encontra excluída das prioridades de investimento do
prefeito de Maceió, Rui Palmeira. Com a Guarda Municipal desfalcada em termos
de contingente e aparato logístico, Policiais Militares do 5º
BPM irão deixar de fazer policiamento ostensivo para desempenhar uma atribuição
que caberia a Guarda Municipal executar.
Os Guardas Municipais, assim como os dois
últimos gestores – Edmilson Cavalcante e Mônica Suruagy – tentaram de todas as
formas e não conseguiram alavancar o aumento do efetivo e o porte de arma de
fogo dos Guardas Municipais durante os últimos quatro anos.
Esse ano, com advento da chegada de mais um
militar para comandar a Guarda Municipal, Cel. Ivon Berto, novas tentativas
deverão ser postas em prática para mudar esse quadro, e como recepção, o futuro
gestor já se incumbirá da árdua missão de tentar explicar aos maceioenses o porquê
da ineficiência da Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio
Social (SEMSCS), frente ao clima de insegurança registrado nas Unidades de
Saúde de Maceió.
A bem da verdade, os maceioenses precisam
tomar conhecimento, por exemplo, de que a Guarda Municipal se encontra há mais
de 16 anos sem realizar concurso público. Que o parte de arma vem sendo
reivindicado há mais de 14 anos. Que não há um centro de formação para manter
um plano de capacitação continuada. Que há deficiências no aparato logístico.
GM NOTÍCIA-AL
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