Os policiais civis e federais de
Alagoas paralisaram suas atividades, nesta quarta-feira, em resposta a
mobilização nacional das forças policiais contra a PEC 287/2016, do governo
federal, que institui a reforma da Previdência Social. A proposta aumenta o
tempo de contribuição e idade mínima para a aposentadoria.
Para fazer
frente à proposta do governo federal, que inviabiliza a aposentadoria de
policiais, foi criada a União dos Policiais do Brasil (UPB), que já congrega
mais de 30 entidades de policiais civis, federais, rodoviários federais,
guardas municipais, agentes penitenciários, peritos criminais, papiloscopistas
e outras categorias relacionadas à segurança pública.
Flávio Moreno,
presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas (Sinpofal) enfatizou
que o protesto visa cobrar a manutenção da aposentadoria policial, que hoje é
de 30 anos.
“Os policiais
exercem uma atividade de risco, e esta reforma vem esticar o tempo de serviço
dos profissionais de segurança pública. Até 56 anos é a idade média de vida do
policial, que a reforma previdenciária o policial terá que trabalhar 49 anos
para se aposentar com 65”, frisou.
O sindicalista
ressaltou que a violência só tem aumentado nos últimos 30 anos no país,
sobretudo índices de assassinatos e roubos. Ele disse que 19 policiais federais
foram mortos em atividade no Estado de Alagoas, no Brasil somaram 493
homicídios.
O objetivo da
manifestação por 24 horas, também é chamar a atenção acerca do combate à
corrupção como, por exemplo, a Operação Lava Jato, bem como pela reestruturação
da segurança pública.
“O país está
um caos, a situação é deplorável, a preocupação é grande de que a situação em
que se encontra a insegurança pública no Espírito Santo se estenda para Alagoas
e outros estados”, alertou.
O vice-diretor
jurídico do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol/AL), Ricardo
Nazário, enfatizou que a categoria policial não vai aceitar a proposta da
reforma da Previdência imposta pelo presidente Michel Temer. “Não aceitamos
esta PEC 287, que aumenta o tempo de serviço dos policiais e de contribuição”,
reclamou.
Segundo ele,
aproximadamente 350 policiais civis estão para se aposentar e com a nova
proposta já impacta no resultado. “Queremos sensibilizar a bancada alagoana em
Brasília para que haja uma discussão sobre a reforma, o tema é polêmico e causa
prejuízo para os trabalhadores. Ontem foi formada uma comissão para agilizar a
aprovação da reforma Previdenciária e Trabalhista e não vamos aceitar, queremos
discutir ponto a ponto”, destacou.
A PEC 287/2016
está para ser aprovada dentro de dois meses, ou seja, em abril próximo.
30% do
serviços mantidos
Apesar da
paralisação, os policiais civis e federais garantiram que 30% dos serviços
estão sendo mantidos. Na Central de Flagrantes, no bairro do Farol, onde ocorre
o protesto, as ocorrências estão sendo registradas normalmente.
Policiais
militares foram questionados pela reportagem quanto à situação, se de fato,
estava sendo feito ou não os flagrantes, e eles afirmaram que sim.
"Prendemos em flagrante dois indivíduos com armas de fogo, e foi
registrado sim", contou um policial.
Fonte:
Tribuna Hoje (Ana Paula Omena)
OPINIÃO GM NOTÍCIA-AL
Todos são conhecedores que a proposta da reforma da previdência,
defendida pelo governo Temer, também atingirá os Guardas Municipais de todo o
país caso seja aprovada, e por essa razão precisaria, para ontem, que a categoria
em Alagoas fosse mobilizada e participasse de protestos como esse,
preferencialmente em conjunto com os demais agentes da segurança pública. Vamos
acordar entidades representativas!
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