AÇÃO FOI UMA DELIBERAÇÃO NACIONAL DA UNIÃO DOS
POLICIAIS DO BRASIL. ENTIDADES CRITICAM REFORMA DA PREVIDÊNCIA E DEFENDEM GREVE
PARCIAL
O Sindicato dos Policiais Civis de
Alagoas (Sindpol) com as categorias da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária
Federal (PRF), dos Agentes Penitenciários e Guardas Municipais se reuniram,
nesta terça-feira (18), na Praça D. Pedro II, localizada no centro de Maceió,
para discutir ações contra a reforma da Previdência e para deliberar por
paralisação.
De acordo com o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário,
essa foi uma deliberação nacional da União dos Policiais do Brasil - UPB.
"Essa reforma está retirando direitos das forças de
segurança, que estão sendo desprivilegiadas pelo governo Bolsonaro. Ele está
valorizando as forças armadas, inclusive dando até aumento nessa reforma, mas
das forças de segurança está retirando direitos", disse o presidente do Sindpol,
Ricardo Nazário.
A mobilização das categorias, conforme os agentes da
segurança pública, é pela garantia dos direitos previdenciários, como a
aposentadoria especial, a não redução da pensão da família por morte do
policial, o não aumento da alíquota previdenciária, entre outros itens da
reforma da Previdência que prejudicam os operadores da Segurança Pública.
A assembleia Geral Extraordinária Unificada define também
pela paralisação de 24 horas. "Os integrantes das forças de segurança
estão fazendo essa assembleia para deliberar algumas ações mais incisivas
contra a reforma da previdência, inclusive com a possibilidade de greve. Vamos
pautar isso e há a possibilidade de uma greve geral em todo o país. Hoje está
sendo o dia de assembleia em todo o país, então há essa possibilidade",
informou o presidente do Sindpol.
Ainda conforme Nazário, além da mobilização das
categorias, eles também estão fazendo um movimento, em Brasília, junto aos
deputados de cada estado.
"Estamos pleiteando com alguns deputados apoiadores
da segurança pública emendas parlamentares na comissão especial. Precisávamos
de 177 assinaturas e conseguimos 266 deputados. Acontece que fomos
surpreendidos pelo relator da comissão, que vetou a emenda que dava isonomia
entre as forças de segurança e as forças armadas. Alguns deputados apresentaram
destaques para tentar que na comissão seja votado que as forças de segurança
tenham essa isonomia. Estamos fazendo essas duas ações, com os deputados e as
mobilizações", informou Ricardo Nazário.
O presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de
Alagoas (Sindguarda-AL), Charles Sanches, a categoria não está sendo
reconhecida na reforma como órgão de segurança pública em sua atividade
fim.
"A PEC descarta o guarda municipal, colocando só os
militares como órgão de segurança pública. O guarda municipal vai ter que
trabalhar até os 65 anos e contribuir 35, o que não acontece hoje. Hoje
trabalhamos 30 anos e podemos nos aposentar assim que cumprir a exigência de
tempo de serviço", afirmou Charles Sanches.
Para ele, a reforma da previdência é a "PEC de
cemitério". "Só se aposenta depois que morre. Nenhum operador de
segurança pública consegue chegar a 65 anos atuante nas ruas de forma
preventiva. Hoje a faixa etária da guarda municipal de Maceió é 45 anos de
idade e já vemos pessoas sem condições de estar na rua. Tem que trabalhar
interno, fazer patrulhamento em viatura.
Imagina 65 anos de idade. Como alguém
com 65 anos vai combater um bandido de 20?", desabafou o líder dos guardas
municipais, Charles Sanches acrescentando e classificando "como
desastrosa".
"Queremos não só inserir a Guarda na aposentadoria
policial, Mas se possível tirar até essa reforma, que está sendo desastrosa e o
governo federal não mostra as contas do que está dizendo, Só fala. Somos totalmente
contra", concluiu.
Reginaldo Galdino, presidente do sindicato da PRF em
Alagoas disse que espera o reconhecimento das categorias de policiais civis por
parte do governo federal. "Ele se elegeu com a bandeira de segurança
pública e agora fomos totalmente desprestigiados quanto à reforma da
previdência. Esperamos o tratamento igual e merecido que receberam as policiais
militares e as forças armadas", classificou.
O presidente do sindicato da PRF reforçou também o
trabalho que as categorias estão fazendo em Brasília. "Estamos fazendo um
trabalho junto a bancada alagoana e todos os estados estão fazendo junto às
suas bancadas para que nossos representantes em Brasília possam exercer essa
representação através da votação a nosso favor. A expectativa eh que nós
consigamos, pois,caso contrário, A segurança pública vai estar totalmente
Falida. Já não estamos em boas condições,mas vai piorar. O policial vai ter que
trabalhar ate uma idade bastante avançada e o policial envelhece, mas o crime
não".
Fonte: Gazetaweb - Por Clariza
Santos e Larissa Bastos
Nenhum comentário:
Postar um comentário