FABRICANTE DE ARMAS BRASILEIRA TERÁ SUA CAPACIDADE PRODUTIVA DUPLICADA
PARA 800 MIL UNIDADES POR ANO NO INÍCIO DE 2020 COM NOVA FÁBRICA NOS ESTADOS
UNIDOS.
A Taurus terá
sua capacidade produtiva duplicada das atuais 400 mil unidades por ano para 800
mil no início de 2020 com a nova fábrica que inaugura nos Estados Unidos no
próximo mês. A planta atenderá o mercado americano — o maior do mundo em
consumo de armas — e canadense, mas também permitirá à empresa expandir a
presença em novas regiões.
A companhia já exporta para mais de 100
países, embora os Estados Unidos respondam por 80% da receita. Essa fatia deve
ser reduzida para entre 60% e 70%, mesmo com aumento do market share naquele
país, disse Salesio Nuhs, presidente da Taurus, em entrevista por telefone.
“Qualquer fabricante de armas do mundo terá
sempre os EUA como maior mercado”, disse. Mas a Taurus quer ser “mais
agressiva” no cenário global. Faz parte dos planos, inclusive, lançar o
revólver de menor custo do mundo em 2020.
Um dos novos mercados em estudo é a Índia,
onde a Taurus negocia uma joint venture dentro de um programa do governo
daquele país na área de defesa. O programa prevê que 51% do capital da joint
venture seja propriedade de uma empresa indiana ainda não definida, que será
responsável por implantar uma fábrica de armas naquele país. Os estudos devem
ser concluídos no quarto trimestre, de acordo com Nuhs.
No Brasil, onde os decretos para a posse de
armas foram regulamentados nesta semana, o crescimento das vendas deve ser
paulatino, segundo o executivo, por questões culturais. “O Brasil, pelas suas
dimensões, vai ter um crescimento, mas não será uma escalada. Tem de haver um
amadurecimento cultural”, disse.
A fábrica brasileira da Taurus não tem
ociosidade, segundo o Nuhs, e exporta cerca de 85% do volume produzido. Mas a
demanda brasileira que surgir com os novos decretos “terá prioridade”, disse o
presidente da empresa.
De janeiro a setembro deste ano, a receita
líquida da companhia alcançou R$ 727,4 milhões, uma alta de 17% em relação ao
mesmo período do ano passado. A fabricante reverteu um prejuízo em 9 meses de
2018 para um lucro de R$ 21,3 milhões no acumulado deste ano.
Fonte: Exame - Tais Fuoco, da Bloomberg
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