O Brasil conta com 1.238 guardas municipais, presentes em apenas 22% dos municípios do país. Mais da metade dessas corporações está concentrada no Nordeste e atua desarmada.
Os dados inéditos fazem parte da pesquisa Diagnóstico Nacional das Guardas Civis Municipais, realizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com a Universidade Federal de Viçosa e o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
O levantamento ouviu 678 guardas, o equivalente a 55% do total, com o objetivo de mapear a realidade das guardas municipais e subsidiar políticas públicas que fortaleçam a atuação dos municípios em segurança.
A maior concentração está no Nordeste, com 53% das corporações, seguido pelo Sudeste (30%), Sul (7%), Norte (7%) e Centro-Oeste (3%). Em relação ao armamento, 53,8% das guardas atuam desarmadas, enquanto 41,1% utilizam armas de fogo. O efetivo é majoritariamente masculino: 80,1% homens e 19,9% mulheres.
Embora originalmente criadas para proteger o patrimônio municipal, as guardas hoje desempenham funções mais amplas. Mais de 80% atuam na proteção de bens públicos, na segurança de eventos, além de apoiar a Polícia Militar, o Conselho Tutelar e realizar rondas escolares.
O avanço de unidades especializadas também é significativo:
Patrulha Maria da Penha: 29,5%
ROMU (Rondas Ostensivas Municipais Urbanas): 24,3%
Patrulhamento motorizado com motocicletas: 28,9%
Apesar do debate sobre transparência e controle policial, apenas 5,1% das guardas utilizam câmeras corporais, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste.

 
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