O deputado
estadual Antônio Albuquerque (PRTB) foi denunciado na delegacia de Campo
Alegre, Agreste de Alagoas, neste sábado (27) de manhã, por dano ao patrimônio
público, após uma confusão envolvendo ele, outros candidatos a cargos eletivos
que faziam campanha na cidade e a Guarda Municipal. Albuquerque, que é
candidato à reeleição, é acusado pelos servidores de quebrar o vidro de uma
viatura do órgão.
De acordo com
informações da Prefeitura de Campo Alegre, que falou ao TNH1 por meio da
assessoria de imprensa, o deputado chegou à feira livre da cidade acompanhado
do filho, Nivaldo Albuquerque (PRP), além de dois vereadores da cidade que o
apoiam, outros aliados políticos e seguranças.
Eles fariam um ato
de campanha no local e teriam estacionado os carros em um local proibido,
sinalizado por placas e cones, segundo a Prefeitura. Os cones teriam sido
retirados do local.
A Guarda
Municipal, que fazia fiscalização do trânsito na região, abordou o grupo de
candidatos e determinou a retirada dos carros. O deputado, conforme a
assessoria da Prefeitura, teria interpretado que a ordem era para encerrar o
ato de campanha e passado a agredir verbalmente os guardas, chegando a dar um
murro no para-brisa da viatura.
Após a confusão,
os guardas foram até a delegacia de cidade e registraram um Boletim de
ocorrência contra Albuquerque. De acordo com populares, a visita à feira livre
não durou muito tempo.
A Prefeitura de
Campo Alegre também acionou o Instituto de Criminalística para realizar uma
perícia no carro e pretende cobrar o ressarcimento do prejuízo.
Intimidação
Antes do
desentendimento com os guardas municipais, populares disseram que o deputado
teria intimidado o motorista de um carro da candidata à deputada estadual Jó
Pereira (DEM), que divulgava uma caminhada do candidato ao governo do Estado,
Biu de Lira (PP). De acordo com relatos de testemunhas feitos ao assessor de
imprensa da Prefeitura, ele teria mandado o condutor fazer a volta ou levaria
uma “pisa”.
“Ditadura”
O deputado Antônio
Albuquerque foi procurado pela reportagem do TNH1 e desmentiu a versão
da Prefeitura. Ele classificou a campanha eleitoral em Campo Alegre como uma
ditadura, onde a oposição não está tendo espaço.
Por meio de nota
encaminhada à reportagem, ele relata que foi surpreendido pela presença de um
carro de som de um candidato a deputado estadual de outra coligação, que
estaria escoltado pela caminhonete da Guarda Municipal daquela cidade,
obstruindo o ato de campanha e avançando contra as pessoas da comunidade
"de forma violenta, colocando em risco a vida" das pessoas.
"Questionei
ao motorista daquele carro de som se o mesmo não estava observando que se
encontrava obstruindo um evento político de outro candidato, bem como colocando
em risco as pessoas ali presentes, ocasião em que o mesmo respondeu que estava
cumprindo ordens", declara Albuquerque na nota.
Ainda conforme o
texto, o deputado afirma que o guarda municipal teria dito que em Campo Alegra
já existia um candidato a deputado estadual definido.
"Destaca-se
que, na verdade, em Campo Alegre, cidadãos que não apoiam os candidatos
indicados pelo grupo político que administra a cidade, são constantemente
perseguidos, levando reprimendas das mais diversas, desde demissão de cargos de
confiança, até transferência de locais de trabalho", completou.
Fonte: TNH1