Mais uma vez a precariedade das condições de trabalho
vivenciada pelos Guardas Municipais de Maceió, e demais servidores públicos que
atuam no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), no Conjunto
Denisson Menezes, vira alvo de denúncia na imprensa alagoana.
Nesta quinta-feira (29), foi à vez do Jornal Tribuna Independente
que dedicou uma página inteira para noticiar a falta de condições de trabalho
do GMs, já denunciado pelo SINDGUARDA-AL, no Denisson Menezes. A jornalista Ana Paula Omena, visitou o
conjunto escoltada por uma equipe do Batalhão de Policiamento de Guarda da
Polícia Militar, e registrou o clima de medo e tensão vivenciado diuturnamente
pela comunidade, pelos funcionários do CRAS e Guardas Municipais que estão
sendo obrigados, segundo o sindicato, pelo Secretário da SEMSC, Edmilson
Cavalcante, a permanecerem atuando na comunidade desarmados e sem condições de
defesa.
O Comandante do Batalhão de Policiamento de Guarda,
Capitão Ednilton Oliveira, ao falar com a repórter, reforçou a denúncia do
SINDGUARDA-AL de que marginais haviam feito várias lombadas de terras nas ruas
do conjunto com o objetivo de dificultar o acesso de viaturas da polícia na
comunidade.
O oficial também afirmou que a violência registrada no
conjunto estava relacionada a uma disputa por território envolvendo traficantes
do Gama Lins, Village Campestre II e Denisson Menezes.
O capitão PM também destacou ser fato a carência de homens
para atuar no combate à criminalidade naquela região, e frisou que não basta
apenas investir no aparato logístico, seria necessário, frisou o militar, promover
a presença do policial permanentemente para coibir as práticas criminosas.
Coincidentemente a deficiência de efetivo também vem
sendo vivenciada pela Guarda Municipal de Maceió que se encontra há mais de 13
anos sem realizar concurso público, a consequência desse descaso, que também
representa falta de compromisso e respeito dos gestores para com a população
que deixa de contar com um serviço de policiamento de qualidade na cidade, tem
engessado as ações da Guarda Municipal que já não consegue dar conta da demanda
devido ao crescimento dos postos de serviço.
Sem que haja sinal verde dos governos municipal e
estadual para que seja feito concurso público visando à ampliação dos
contingentes da Polícia Militar e da Guarda Municipal, tanto o comando geral da
PM quanto o secretário da SEMSC, se mantêm realizando ações paliativas numa
tentativa de reduzir a criminalidade na capital, embora saibam que isso só será
possível com a presença efetiva de mais homens nas ruas.
Tanto os servidores públicos que continuarão arriscando
suas vidas no exercício do cargo meio a disputa armada da bandidagem, quanto à
população, permanecerão reféns da vontade política do governo estadual e
municipal, porque apenas eles podem resolver essa situação, basta apenas querer
fazer.
Fonte: GM NOTÍCIA-AL
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