Quem conhece a
realidade do caixa de estados e municípios sabe que é muito difícil, beirando
até o impossível, dar aumento de salários ao funcionalismo este ano. De algum
modo o prefeito de Maceió conseguiu driblar a crise e praticamente dobrou a
proposta inicial de reajuste para os servidores municipais.
Com o novo
percentual, depois de três meses, a greve dos servidores municipais terminou na
quinta-feira, 19. A proposta apresentada pela prefeitura de Maceió foi aceita
pela categoria. O reajuste será de 4,5% sendo 2,5% a partir de maio, retroativo
a janeiro, e 2% em novembro.
O secretário
de Administração de Maceió, Fellipe Mamede, elogiou o bom senso dos sindicatos
em entender que 4,5% é o percentual que a gestão pode cumprir num cenário de
crise econômica. “Temos cidades mais ricas que sequer estão conseguindo pagar
em dia. Maceió serve de referência ao conceder o reajuste aos servidores ainda
que o cenário econômico esteja desfavorável a isso”, afirmou.
Limpando
o terreno
A queda de
braços entre os servidores e o prefeito se arrastou além do esperado, ainda
mais num ano eleitoral. Rui Palmeira deu sinais, o tempo todo, que não iria
autorizar um reajuste que colocasse em risco a capacidade de pagamento da
prefeitura. Ao melhorar a proposta, parcelando o reajuste, o prefeito se fortalece politicamente.
Resolvida a questão dos servidores, com uma
aliança política já definida, Rui Palmeira parte para a reeleição com maior
tranquilidade. Agora, passará a enfrentar “apenas” a
pressão dos adversários.
Cícero
Almeida, por exemplo, promete se licenciar da Câmara Federal para se dedicar à
campanha, já a partir da próxima semana.
Além dele,
outros pré-candidatos, a exemplo de JHC, prometem aumentar o tom das críticas
ao atual prefeito. Mas pelo menos nesse campo, Rui Palmeira já tem o
contra-ataque pronto. As respostas , segundo assessores do prefeito, será no
mesmo tom das críticas.
Fonte: Blog Edivaldo Júnior
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