Exercendo a profissão em condições precárias, Guardas Municipais de muitos municípios de Alagoas estão na
torcida para que, nas eleições de outubro, novos candidatos a prefeito e a vereador, compromissados com a segurança pública, sejam eleitos.
Apesar de não dispor de contingente para
definir quais candidatos gostariam de eleger em suas cidades, os GMs tem se
esforçado para renovar o quadro político nas prefeituras e nas câmaras
municipais, numa tentativa de ter a profissão valorizada e consequentemente
galgarem uma melhor qualidade de vida, já que em muitas cidades há GMs recebendo
apenas um salário mínimo, o que é inaceitável.
Mantendo suas Guardas Municipais em estado de
calamidade, com baixos salários, sem armamento, viaturas, coletes balísticos,
rádios de comunicação, sem um plano de formação continuada, dentre outras
deficiências, muitos prefeitos tem preferido roubar o dinheiro público ao invés
de investir na segurança da população e em outros setores, como saneamento
básico, educação e saúde.
De acordo com dados do Ministério Público
Estadual e Federal, órgãos que traçaram um mapa da corrupção envolvendo
prefeitos e pessoas ligadas as suas gestões, de 2008 a 2013, cerca de 60 dos
102 municípios de Alagoas tiveram gestores municipais julgados e condenados,
outros que estão afastados ou até sendo investigados por abuso de poder
político e econômico e atos de improbidade administrativa envolvendo desvios de
recursos, ou seja, mais da metade dos prefeitos alagoanos respondem a
processos.
As elevadas cifras desviadas das prefeituras
contrastam com os discursos dos prefeitos de que não há dinheiro, por exemplo,
para pagar salários dignos, estruturar as Guardas Municipais e capacitar o seu quadro efetivo, daí a
importância das entidades representativas emplacarem luta permanente junto aos gestores municipais no sentido de fazer valer a Lei nº 13.022/2014 (Estatuto Geral das
Guardas Municipais).
GM NOTÍCIA-AL
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