Os primeiros meses de
2020 prometem ser de tensão entre governo e funcionalismo público. Após um corte de R$ 5,4 bilhões na
despesa com servidor, entidades sindicais organizaram atos contra a gestão do
presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A insatisfação ainda esbarra na
intenção do Ministério da Economia de
privatizar e extinguir órgãos, além da suspensão de concursos.
A Plenária
Nacional em Defesa dos Serviços Públicos Municipal, Estadual e Federal, das
Empresas Estatais, do Brasil e dos Trabalhadores definiu 18 de março de 2020
como o Dia Nacional de Paralisação Mobilização, Protesto e Greves. Entidades sindicais das três esferas do funcionalismo
aprovaram um plano de lutas.
Os grupos
assinaram um manifesto unificado que, entre outros pontos, destaca a
importância do serviço público para a sociedade. O documento será divulgado nas
próximas semanas aos órgão públicos.
As despesas com
pessoal do governo federal, em 2020, seriam de R$ 336,625 bilhões, mas passaram
para R$ 328,195 bilhões. O corte, segundo a Secretaria Especial de Fazenda do
Ministério da Economia, se deve à não contratação de servidores do Ministério
da Educação (MEC), que não
vinham sendo feitas desde 2018, mas entraram no orçamento.
A mudança
faz parte das modificações no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA 2020),
divulgada nessa segunda-feira (25/11/2019). Entre outros pontos, o texto
diminui o valor do salário mínimo previsto para os trabalhadores, em 2020. De
acordo com o Ministério da Economia, o mínimo mensal passará a ser de R$ 1.031
em vez de R$ 1.039.
A
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) destaca que a proposta de reforma administrativa — que pretende mudar regras de
contratação, salário, jornada e estabilidade do servidor público — vai acirrar ainda mais
os ânimos.
“Direito não é privilégio.
Este é um momento também de pensarmos em como conscientizar a população da
importância dos serviços públicos, que de fato são precários, mas sua extinção
está longe de ser a solução”, defende Sérgio Ronaldo, secretário-geral da
entidade, em comunicado.
Fonte: Metrópole – Otávio Augusto
Nenhum comentário:
Postar um comentário