Depois
de terem sido inclusos na PEC Paralela pelo relator da Previdência, senador
Tasso Jereissati (PSDB-CE), os Guardas
Municipais revigoraram a esperança de receber o mesmo tratamento dado aos
demais profissionais da segurança pública na reforma fazendo jus a
aposentadoria especial com idade e tempo de contribuição diferenciados.
Com
o envio da PEC Paralela à Câmara dos Deputados, o ministro da economia, Paulo
Guedes, já externou preocupação com os impactos que as mudanças feitas pelos
senadores poderão causar ao seu plano de economia, entre elas estão exatamente as
regras diferenciadas da aposentadoria dos Guardas
Municipais, Peritos Criminais e Agentes da ABIN.
Entre
as concessões feitas na PEC pelos senadores, além das regras de aposentadoria
diferenciadas para os GMs, estão o
aumento no valor da pensão por morte, com impacto negativo de R$ 48 bilhões.
Manutenção do atual cálculo da aposentadoria, com impacto de R$ 32 bilhões.
Alteração nas regras da aposentadoria por invalidez, com impacto de R$ 9
bilhões. Suavidade nas regras de transição para mulheres que se aposentarem por
idade, com impacto de R$ 7 bilhões.
Segundo
a equipe econômica do governo, as mudanças feitas na PEC Paralela pelos
senadores criará um custo que ultrapassa os R$ 127 bilhões em dez anos. Visando
criar novas receitas para amenizar esses impactos, os senadores aprovaram
mudanças para gerar novas receitas, entre elas está a que cobra imposto de
produtos exportados pelo agronegócio, o que reduziria cerca de R$ 40 bilhões
dos impactos, proposta que não agradou ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ).
Essa
semana, Rodrigo Maia defendeu que os deputados devem resgatar a ideia original
da PEC Paralela estendendo as regras da Previdência já aprovadas para os
servidores da união a estados e municípios, se isso acontecer, Guardas Municipais, Peritos Criminais e
Agentes da ABIN, por exemplo, poderão ficar de fora da tão almejada aposentadoria
especial.
Os
debates sobre a PEC Paralela deverão acontecer no início do próximo ano, na
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, depois, a matéria ainda precisará
ser discutida também em uma comissão especial antes de seguir para dois turnos
de votação no plenário.
Nesta
quarta-feira (18), os Guardas Municipais,
os Peritos Criminais e os Agentes da ABIN tiveram mais uma notícia preocupante
referente a permanência no texto da PEC Paralela, é que o presidente da
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputado Felipe Francischini (PSL-PR),
decidiu ser o relator da PEC Paralela, e já anunciou que concorda com o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de retirar, já na CCJ, pontos que reduzem a
economia almejada pelo ministro Paulo Guedes.
Mais
do que nunca, entidades representativas e apoiadores em todo o país da causa
dos Guardas Municipais, devem unir
formas e intensificar a luta no sentido de que a Família Azul Marinho não seja
mais uma vez deixada de fora das regras diferenciadas para a aposentadoria, regras
essas, vale salientar, que já foi assegurada a grande parcela dos demais profissionais
que integram a segurança pública do país.
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