3 de agosto de 2020

Os pré-candidatos e a Guarda Municipal


Por Hugo de Albuquerque Silva

GM Hugo.
Observava um objeto que estava sobre minha mesa de estudo, após concluir a leitura de um texto. O objeto era uma xícara, esvaziada da substância negra que havia lá – sorvi-a toda um pouco antes, claro. E, vendo-a, notei que podia olha-la por perspectivas diferentes e mesmo simultâneas. Podia só olhar sua beleza, ou examinar de que foi feita. Poderia querer saber quem a fez, ou para que a fez; ou podia querer examiná-la apenas como uma coisa que existe e o quanto ela poderia durar. Ou talvez pudesse querer compreende-la sob todos esses aspectos, simultaneamente – vê-la em sua completude. As chaves de acesso às coisas são inúmeras.

Com relação a Guarda Municipal se dar o mesmo. Poderíamos examiná-la sob os aspectos: da implantação da carreira única; da regularização do porte de arma; da reforma do Quartel; do respeito a data base; da criação de um centro de formação e capacitação e do aumento do efetivo via concurso público.

Porém, se considerarmos, dentre todos esses aspectos, qual seria o mais importante, na impossibilidade do exame simultâneo, eu diria que a importância dos diversos aspectos a serem considerados depende, claro, da existência do objeto a que eles se referem – isto é, a Guarda primeiro precisa existir e continuar existindo para que os demais aspectos ganhem importância. O aspecto, portanto, mais fundamental no contexto de hoje, a meu ver, é garantir a continuidade da existência de nossa instituição: essa é a condição sem a qual os outros aspectos se dissolvem. Afastar o fantasma da extinção que nos ronda, seja via ação direta do gestor municipal ou através da diminuição de seu efetivo através da aposentadoria ou morte – lembrem-se: faz-se mais de 20 anos que não há concurso para a nossa Instituição, – é a ação política fundamental.

Estamos a poucos dias do pleito que irá eleger o prefeito de nossa Maceió. Os pré-candidatos já se mostram, adornados, no teatro político. Lembremo-nos que, sob o cetro de ferro do atual prefeito, nossa casa quase virou pó, e, como um cão semi-morto, estamos no chão operando apenas o movimento de suspiros agonizantes e espaçados – quase não escutamos a nossa própria respiração.

Então, se as nossas lideranças travarem diálogos com os pré-candidatos à prefeitura de Maceió, qual é a pergunta fundamental que eles, os candidatos, devem enfrentar e responder e, qual o comprometimento que devem assumir para que possam ter o apoio de nossa categoria?

Os aspectos elencados foram elaborados pelo amigo e companheiro, GM Isidoro, operador do Blog, GM NOTÍCIA-AL.

Um comentário:

Unknown disse...

Muito pertinente!!!!