Por Hugo de Albuquerque Silva
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GM Hugo. |
Observava um objeto que estava sobre minha
mesa de estudo, após concluir a leitura de um texto. O objeto era uma xícara,
esvaziada da substância negra que havia lá – sorvi-a toda um pouco antes,
claro. E, vendo-a, notei que podia olha-la por perspectivas diferentes e mesmo
simultâneas. Podia só olhar sua beleza, ou examinar de que foi feita. Poderia
querer saber quem a fez, ou para que a fez; ou podia querer examiná-la apenas
como uma coisa que existe e o quanto ela poderia durar. Ou talvez pudesse
querer compreende-la sob todos esses aspectos, simultaneamente – vê-la em sua
completude. As chaves de acesso às coisas são inúmeras.
Com relação a Guarda Municipal se dar o
mesmo. Poderíamos examiná-la sob os aspectos:
da implantação da carreira única; da regularização do porte de arma; da reforma
do Quartel; do respeito a data base; da criação de um centro de formação e
capacitação e do aumento do efetivo via concurso público.
Porém, se considerarmos, dentre todos esses
aspectos, qual seria o mais importante, na impossibilidade do exame simultâneo,
eu diria que a importância dos diversos aspectos a serem considerados depende,
claro, da existência do objeto a que eles se referem – isto é, a Guarda
primeiro precisa existir e continuar existindo para que os demais aspectos
ganhem importância. O aspecto, portanto, mais fundamental no contexto de hoje,
a meu ver, é garantir a continuidade da existência de nossa instituição: essa é
a condição sem a qual os outros aspectos se dissolvem. Afastar o fantasma da
extinção que nos ronda, seja via ação direta do gestor municipal ou através da
diminuição de seu efetivo através da aposentadoria ou morte – lembrem-se:
faz-se mais de 20 anos que não há concurso para a nossa Instituição, – é a ação
política fundamental.
Estamos a poucos dias do pleito que irá
eleger o prefeito de nossa Maceió. Os pré-candidatos já se mostram, adornados,
no teatro político. Lembremo-nos que, sob o cetro de ferro do atual prefeito,
nossa casa quase virou pó, e, como um cão semi-morto, estamos no chão operando
apenas o movimento de suspiros agonizantes e espaçados – quase não escutamos a
nossa própria respiração.
Então, se as nossas lideranças travarem
diálogos com os pré-candidatos à prefeitura de Maceió, qual é a pergunta
fundamental que eles, os candidatos, devem enfrentar e responder e, qual o
comprometimento que devem assumir para que possam ter o apoio de nossa
categoria?
Os aspectos elencados foram elaborados pelo
amigo e companheiro, GM Isidoro, operador do Blog, GM NOTÍCIA-AL.
Um comentário:
Muito pertinente!!!!
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