“A GUARDA MUNICIPAL DE MACEIÓ NUNCA ESTEVE INSERIDA, DE FATO, NAS PRIORIDADES DE INVESTIMENTOS DOS PREFEITOS ELEITOS”

Desde que foi criada, em 1988, a Guarda Municipal de Maceió nunca esteve inserida, de forma efetiva, nas prioridades de investimentos dos prefeitos eleitos, e como consequência desse descaso a corporação nunca conseguiu se desenvolver como deveria enquanto órgão municipal de segurança pública.

Durante o período de campanha eleitoral o discurso e as promessas dos candidatos a prefeito sempre seguiram os mesmos moldes promissores, como plano de cargo e carreira, armamento, realização de concurso público, capacitação, Equipamentos Individuais de Proteção (EPIs), videomonitoramento, entre outras.

Passada as eleições, promessas que visavam estruturar e modernizar a Guarda Municipal logo se direcionavam para setores classificados como de maior prioridade para a gestão, como educação, saúde e infraestrutura, e aí a Guarda Municipal retornava a sua insignificância mantendo-se excluída dos investimentos.

Mesmo capengando por falta de investimentos, o que não faltou na Guarda Municipal foram gestores dotados da mais alta capacidade intelectual e vasta experiência no campo da segurança pública, como coronéis, delegados federal e estadual, advogados, entre outros profissionais, mesmo assim a corporação não se desenvolveu.

Medidas paliativas visando maquiar a falta de investimento e passar a imagem para a população de que a Guarda Municipal estava sendo bem gerida, foram adotadas sem nenhum pudor por vários gestores ao longo de anos, o que comprometeu mais ainda a qualidade dos serviços prestados pelo órgão frente à crescente demanda de postos de serviço.

A criação de grupamentos sem a estrutura devida também foram medidas adotadas que objetivaram jogar para debaixo do tapete problemas crônicos da corporação gerados pela falta de comprometimento e investimento dos gestores. O déficit de efetivo que perdura há mais de 20 anos por falta de concurso público é um nítido exemplo.

Durante a campanha eleitoral de 2020, o então candidato à prefeitura de Maceió na época, JHC, hoje prefeito, recebeu pauta de reivindicação dos Guardas Municipais e prometeu sanar algumas deficiências da categoria.

Nas promessas feitas por JHC constaram o aumento de efetivo, a ampliação do porte de arma de fogo, o resgate do CNPJ da GMM, o reajuste salarial e implantação de progressões por titulação e mérito, e a implantação de um plano de cargos próprio com carreira única, e a reforma estrutural no prédio sede da Guarda Municipal.

Passaram-se seis meses de governo e até então não houve concretização de nenhuma das promessas de JHC, todavia, se encontram em andamento a ampliação do porte de arma, a elaboração do plano de cargos e carreira, as negociações para recomposição salarial e implantação das progressões por titulação e mérito, além da reforma estrutural do prédio da GMM.