14 de dezembro de 2021

Lideranças sindicais entram com ação popular para anular audiência da PPA 2022/2025 feita sem ampla divulgação pela Câmara de Maceió

Sindguarda-AL e Sindsaúdeo0p
O vice-presidente do Sindsaúde, Alessandro Fernandes, juntamente com o presidente do Sindguarda, Carlos Pisca, ingressaram nesta segunda-feira (13) com uma ação popular para anular a audiência pública realizada pela Câmara Municipal de Maceió para debater o PPA 2022/2025.

O motivo seria a falta de ampla divulgação para a participação da sociedade e a não observância de critérios do próprio regimento interno da câmara para a realização da mesma.

Segundo Alessandro a divulgação da audiência para conhecimento da sociedade é imprescindível e nesse caso foram de apenas dois dias, sábado e domingo.

“É inadmissível em apenas dois dias, num final de semana (sábado e domingo), conseguir garantir uma ampla divulgação para que a população participasse de uma audiência de suma importância como essa do PPA, um plano de quatro anos, onde a sociedade precisa debater os objetivos, prioridades e metas para a gestão da nossa cidade”, afirmou Alessandro.

Ainda segundo o líder sindical, a Câmara Municipal publicou a convocação da audiência no diário oficial do município numa sexta-feira dia 3/12 e realizou a mesma na segunda-feira dia 6//2, tempo insuficiente para que a população de Maceió tivesse conhecimento e pudesse participar.

O presidentes do Sindguarda Carlos Pisca também critica a postura da câmara municipal.

“As audiências públicas são um instrumento da participação da população, não podemos permitir que sejam colocadas nenhum tipo de dificuldades ou praticadas manobras para impedir que a sociedade participe dos debates de interesse públicos que terão reflexos em toda população. A câmara municipal é a casa do povo e o povo precisa participar desse debate”, desabafou Carlos Pisca.

Ainda conforme o presidente do Sindguarda, a Câmara infringiu seu regimento interno realizando a sessão fora do dia previsto no regimento da casa, que é a quinta feira de 9h as 12h.

Os líderes sindicais informam que comunicaram o fato ao Ministério Público Estadual que já abriu um procedimento administrativo para investigar a situação.

As lideranças sindicais ainda criticaram o fato de nenhum dos 25 vereadores terem se manifestado em defesa da população que teve seu direito de participação na audiência suprimido.

Desfecho positivo

O Ministério Público Estadual (MPAL), através da 16ª da Promotoria de Justiça da Capital, recomendou à Mesa Diretora da Câmara Municipal que realize nova audiência pública para discutir, de forma ampla com a população, o Plano Plurianual. Foi estipulado prazo de 10 dias para que o presidente da casa informe se essa determinação será de fato cumprida.

Em resposta ao Ministério Público, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final e Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara Municipal, publicou na edição do Diário Oficial do Município de ontem, 13 de dezembro, a convocação de uma nova audiência pública para o dia 20 de dezembro (segunda-feira), às 14 horas.

Essa audiência pública será de suma importância para discutir de forma ampla o Plano Plurianual, ocasião na qual as entidades sindicais vão ter a oportunidade, por exemplo, de discutir também a inclusão da dívida que a Prefeitura tem com os Servidores Municipais decorrente do desrespeito a direitos conquistados, a exemplo de retroativos referentes a progressões por titulação e mérito não executados pela prefeitura.

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