O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou que a PEC da Segurança Pública terá prioridade na agenda da Casa, com expectativa de conclusão do relatório pelo deputado Mendonça Filho até 4 de dezembro, permitindo a votação ainda este ano. A declaração foi dada em entrevista ao Jornal da CBN.
"O relator deputado Mendonça Filho nos garantiu que até o dia 4 de dezembro nos entregue a proposta aprovada na Comissão Especial e imediatamente a essa aprovação na Comissão nós levaremos a matéria ao plenário e queremos antes do final do ano, antes do recesso parlamentar de final de ano podermos aprovar a PEC da Segurança Pública no plenário da Câmara dos Deputados."
Enquanto isso, na terça-feira (18), a Câmara aprovou o Marco do Combate ao Crime Organizado, conhecido como PL Antifacção, com 370 votos favoráveis e 110 contrários. O texto é a sexta versão apresentada pelo deputado de oposição Guilherme Derrite, que alterou a proposta do Ministério da Justiça. Agora, o governo tentará modificar o projeto no Senado.
Motta criticou a posição do governo, que votou contra o projeto, afirmando que, ao optar politicamente por essa postura, o governo cometeu um erro, já que se tratava de uma pauta de interesse da sociedade brasileira.
"Na hora em que o governo decide politicamente ficar contra, eu penso que o governo errou, porque essa é uma pauta da sociedade brasileira. O cidadão que nos escuta, que nos assiste nesse momento, não aguenta mais viver em um país em que o crime organizado impera e as instituições do Estado não conseguem responder a essas demandas da sociedade. O cidadão não aguenta mais viver com sensação de insegurança."
O presidente da Câmara também comentou sobre investigações envolvendo operações financeiras como a do Banco Master. De acordo com ele, a Casa defende que a apuração seja feita de maneira justa e imparcial e associar a votação do dia anterior a qualquer operação específica não seria justo.
"Nós defendemos que a apuração possa ser feita da maneira mais correta possível, sem pré-julgamento, sem dizer que A ou B está sendo culpado e que, ao final, aquilo que a sociedade espera é que quem cometeu algum delito, quem cometeu alguma irregularidade possa ser punido dentro das leis do nosso país."
Hugo Motta ainda declarou que não vê preocupação eleitoral ou política quanto à proximidade de lideranças do Centrão com Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master que foi preso ontem em São Paulo.
"Não vejo preocupação nesse sentido. E quando há esse tipo de ilação, é justamente no sentido de querer trazer uma discussão que não cabe para esse momento. O que nós aprovamos ontem foi um projeto de interesse da sociedade na área da segurança pública. Qualquer operação que venha a trazer a luz da realidade e daquilo que a sociedade espera na punição de culpados que cometeram delitos é aquilo que a Câmara espera nesse momento e nós temos tranquilidade para poder tocar esses temas com imparcialidade e sem deixar que isso interfira na pauta da Câmara." Fonte: CBN

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