25 de junho de 2013



DIRIGENTES DO SINDGUARDA-AL SE REÚNE COM ASSESSORIA SOCIAL DO PREFEITO RUY PALMEIRA

O Presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Alagoas, Cleif Ricardo, juntamente com outros membros da diretoria, esteve reunido, na manhã desta terça-feira (25), com a assessoria de articulação social do Prefeito de Maceió, a quem entregou a pauta que deverá ser objeto de discussão na reunião com o prefeito nos próximos dias.

Além do porte de arma de fogo, consta nas reivindicações, o recente corte do adicional noturno, que chegou a aproximadamente 40% e gerou indignação na categoria pelo fato de não ter havido aviso prévio por parte do governo municipal, e o descumprimento do acordo firmado na negociação salarial de 2013, que previa o pagamento do adicional de insalubridade aos Guardas Municipais que atuam nos cemitérios de Maceió.

Outro ponto que não consta na pauta mais que provavelmente deverá entrar na discussão nessa reunião com o prefeito de Maceió, diz respeito à rejeição da categoria a presença de vários oficiais da Polícia Militar na SEMSC ocupando os principais cargos comissionados.

Tamanha rejeição a presença de militares na Guarda Municipal de Maceió estaria ligado ao retrocesso vivenciado pelos GMs ao longo da história da instituição que testemunharam a passagem de vários militares pelo comando sem que houvesse resultados satisfatórios do ponto de vista de desenvolvimento. Segundo depoimento de alguns GMs a grande maioria dos coronéis que já passaram pela Polícia Militar, quando na ativa, sempre foram contrários ao crescimento da Guarda Municipal enquanto instituição de segurança pública.

O próprio relator da PEC 534/2002, que amplia as competências das Guardas Municipais no Brasil, Deputado por São Paulo, Arnaldo Faria de Sá, ao discursar no Congresso Nacional em maio de 2011, período no qual os debates sobre a PEC transcorriam a todo vapor, foi categórico ao destacar o lobby de setores da Polícia Militar contra a ampliação das atividades da Guarda Municipal.

 “Todo coronel da PM da ativa é contra as guardas municipais, mas quando vai para reserva quer ser comandante dessas guardas”, afirmou Faria de Sá.

Nesse mesmo período oficiais PMs ligados a entidade representativa dos comandantes militares a nível nacional articulavam uma mobilização em Brasília com o objetivo de pressionar os deputados a votarem contrário a PEC 534-02. Um dos temores dos oficiais era que as Guardas Municipais viessem a se transformar numa instituição forte de segurança pública passando a disputar poder, recursos federais e espaço no campo de atuação.

A incerteza dos Guardas Municipais de Maceió de confiar ou não nas ações administrativas de oficiais militares que vem comandar a Guarda Municipal ao custo mensal de R$ 17 mil parece ser a principal causa de não aceitarem Militares da reserva mandando na SEMSC, a final de contas ninguém quer correr o risco de conviver com o inimigo sem saber.
Fonte: GM NOTÍCIA-AL   

Nenhum comentário: