DIRIGENTES
DO SINDGUARDA-AL SE REÚNE COM ASSESSORIA SOCIAL DO PREFEITO RUY PALMEIRA
O Presidente do Sindicato dos Guardas
Municipais de Alagoas, Cleif Ricardo, juntamente com outros membros da
diretoria, esteve reunido, na manhã desta terça-feira (25), com a assessoria de
articulação social do Prefeito de Maceió, a quem entregou a pauta que deverá
ser objeto de discussão na reunião com o prefeito nos próximos dias.
Além do porte de arma de fogo, consta nas
reivindicações, o recente corte do adicional noturno, que chegou a
aproximadamente 40% e gerou indignação na categoria pelo fato de não ter havido
aviso prévio por parte do governo municipal, e o descumprimento do acordo
firmado na negociação salarial de 2013, que previa o pagamento do adicional de
insalubridade aos Guardas Municipais que atuam nos cemitérios de Maceió.
Outro ponto que não consta na pauta mais que
provavelmente deverá entrar na discussão nessa reunião com o prefeito de
Maceió, diz respeito à rejeição da categoria a presença de vários oficiais da
Polícia Militar na SEMSC ocupando os principais cargos comissionados.
Tamanha rejeição a presença de militares na
Guarda Municipal de Maceió estaria ligado ao retrocesso vivenciado pelos GMs ao
longo da história da instituição que testemunharam a passagem de vários
militares pelo comando sem que houvesse resultados satisfatórios do ponto de
vista de desenvolvimento. Segundo depoimento de alguns GMs a grande maioria dos
coronéis que já passaram pela Polícia Militar, quando na ativa, sempre foram
contrários ao crescimento da Guarda Municipal enquanto instituição de segurança
pública.
O próprio relator da PEC 534/2002, que amplia
as competências das Guardas Municipais no Brasil, Deputado por São Paulo,
Arnaldo Faria de Sá, ao discursar no Congresso Nacional em maio de 2011,
período no qual os debates sobre a PEC transcorriam a todo vapor, foi categórico
ao destacar o lobby de setores da Polícia Militar contra a ampliação das atividades
da Guarda Municipal.
“Todo
coronel da PM da ativa é contra as guardas municipais, mas quando vai para
reserva quer ser comandante dessas guardas”, afirmou Faria de Sá.
Nesse mesmo período oficiais PMs ligados a
entidade representativa dos comandantes militares a nível nacional articulavam
uma mobilização em Brasília com o objetivo de pressionar os deputados a votarem
contrário a PEC 534-02. Um dos temores dos oficiais era que as Guardas
Municipais viessem a se transformar numa instituição forte de segurança pública
passando a disputar poder, recursos federais e espaço no campo de atuação.
A incerteza dos Guardas Municipais de Maceió de
confiar ou não nas ações administrativas de oficiais militares que vem comandar
a Guarda Municipal ao custo mensal de R$ 17 mil parece ser a principal causa de
não aceitarem Militares da reserva mandando na SEMSC, a final de contas ninguém
quer correr o risco de conviver com o inimigo sem saber.
Fonte: GM NOTÍCIA-AL
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