O Centro Brasileiro de Estudos Latinos
Americanos (CEBELO) divulgou nesta quinta (18), resultado de estudos que traz o
mapa da violência no país onde Alagoas e a capital Maceió lidera, pela segunda vez,
a lista dos estados e capitais com maior número de homicídios. Nos últimos 10
anos o número de pessoas mortas triplicaram atingindo 171%. Só em Maceió, nos
anos de 2009 e 2010, foram assassinadas, por arma de fogo, 1.787 pessoas.
Alagoas também aparece no topo como estado que
mais matou pessoas negras, e se destacou em 2º lugar como o que mais teve mulheres
assassinadas.
Também apareceu na lista dos municípios com
elevado índice de violência no Brasil, às cidades de Arapiraca, Pilar, Marechal
Deodoro, Teotônio Vilela, São Sebastião, São Miguel dos Campos, União dos
Palmares, Rio Largo, Piranhas e Joaquim Gomes.
Segundo o estudo hoje 15,2 milhões de armas
de fogo se encontram nas mãos da população brasileira, desse número apenas 6.8
milhões teriam registro junto a Polícia Federal, enquanto 3.8 milhões de armas
permanecem nas mãos dos criminosos por todo o país.
O estudo destacou ainda que apenas no ano de
2010, em 27 cidades brasileiras, foram mortas por arma de fogo, 13.529 pessoas,
número que supera e muito os registrados nos últimos anos em países que
passaram por violentos conflitos armados.
PONTO
DE VISTA
O que se espera com a divulgação desses
números, embora não seja nenhuma novidade pelo menos para a sociedade, é que o
governo estadual, assim como os prefeitos, em especial o da capital Maceió, cumpra
o dever de casa e adote políticas efetivas a fim de tirar Alagoas dessa
vergonhosa estatística.
A sociedade já percebeu que o governo
federal tem dado a sua contribuição para mudar esse quadro vergonhoso em
Alagoas, disponibilizando recursos e propondo projetos de combate à violência.
Um exemplo dessa iniciativa, por parte do governo federal, foi o Projeto Brasil
mais Seguro, implantado em Alagoas em 2012, mas que até então não deu os frutos
desejados pelos alagoanos.
Sabemos que o governo estadual assim como os
prefeitos tem a obrigação de tratar o tema segurança pública como prioridade, e
diante do quadro lastimável em que se encontra a violência em Alagoas, atingindo
todas as classes sociais e ultrapassando, inclusive, os portões dos poderes constituídos,
parece ter chegado a hora de se falar uma só linguagem e unir forças para
reverter essa situação, do contrário, assim como aconteceu com os americanos voltaremos
a viver no velho oeste do século XIX, onde no território selvagem e inóspito e com
uma arma na cintura mataremos todos os dias para sobreviver.
Autor: GM Isidoro
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