Após
a elaboração de um convênio – ainda não publicado – entre a Prefeitura de Campinas (SP) e a PM para que policiais passem a realizar
autuações de trânsito na cidade, o secretário municipal de Segurança propôs ao
prefeito, Jonas Donizette (PSB), que parte do contingente da Guarda Municipal
também seja autorizada a aplicar este tipo de multa. A expectativa do titular
da pasta, Luiz Augusto Baggio, é de que, até o fim de agosto, os militares
iniciem a atividade na função, mas, em relação à guarda, não há prazo para a
mudança.
O
convênio com a PM para as autuações de trânsito em Campinas foi anunciado pelo prefeito durante a reunião do dia 8 de
abril do Gabinete Metropolitanos de Gestão Estratégica de Segurança Pública
(Gamesp). Na ocasião, o chefe do Executivo, que usou como bandeira na campanha
eleitoral o combate ao que chamou de "indústria das multas", admitiu
que a ampliação do poder dado aos policiais pode restringir o controle contra
este tipo de ação criminosa, mas enfatizou a importância do aumento do efetivo
fiscalizador.
De
acordo com Baggio, o acordo com os militares já foi elaborado e aprovado por
Donizette, que encaminhou o documento para análise da Secretaria da Segurança
Pública do Estado, para avaliação dos termos do convênio antes da publicação. O
secretário explica que o pacto prevê que parte do contingente da PM execute a
função de autuar motoristas flagrados ao cometer infrações corriqueiras, como
passar pelo sinal vermelho, desrespeitar sinalização, entre outras.
Para
argumentar o pedido de inclusão dos guardas no grupo dos servidores autorizados
a realizar autuações de trânsito, o secretário municipal de segurança
classifica como incoerência a restrição deste tipo de atividade aos
patrulheiros. “Há uma incoerência. Meus homens podem prender, podem até atirar e
não podem aplicar uma multa de trânsito”, disse.
Atualmente,
os agentes da Emdec, chamados de “amarelinhos”, são os únicos autorizados a
receber os talonários de multas para punir os motoristas infratores dentro da
cidade. De acordo com Baggio, com esta incumbência acumulada, os guardas
poderiam suprir a carência de fiscalização, sobretudo, em eventualidades, como
a realização da greve dos agentes de trânsito que paralisaram as atividades nesta segunda sem previsão de
retorno.
A
ideia, segundo Baggio, é selecionar alguns guardas, preferencialmente com
cargos mais altos, como supervisores, para oferecer treinamento específico e
delegar a eles a função de agente fiscalizador de trânsito. Ele não fala em
números nem em prazos, mas garante que o prefeito é simpático à proposta. “Não
dá para ser simpático à liberação da PM e não pensar o mesmo dos homens da
guarda”, disse.
Fonte:
G1
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