11 de junho de 2025

Gazeta de Alagoas: Vereadores defendem reajuste de 5% retroativo a janeiro para todos os servidores de Maceió

 

O reajuste de 5% retroativo a janeiro, concedido pela Prefeitura de Maceió aos professores e trabalhadores da rede municipal de educação como parte do acordo que pôs fim à greve da categoria, deve ser estendido a todos os servidores públicos municipais. A reivindicação, que já circulava nos bastidores da Câmara, foi levada oficialmente à tribuna ontem (10) pelo vereador Allan Pierre (MDB).

“O serviço público precisa ser tratado de forma ampla. Assim como os professores são fundamentais na sala de aula, também são  essenciais os agentes de endemias, guardas municipais, servidores da saúde, médicos e demais trabalhadores do município”, afirmou o parlamentar, ao defender a ampliação do reajuste às demais categorias do funcionalismo.

A greve dos professores durou 33 dias e afetou cerca de 50 mil estudantes da rede municipal. Os profissionais reivindicavam um reajuste superior aos 6,25% oferecidos pela prefeitura em duas parcelas. Lideranças do movimento sindical argumentavam que as perdas acumuladas ultrapassam 13%, mas demonstraram disposição para o diálogo. A pressão aumentou com atos públicos em frente à Câmara Municipal, que resultaram no apoio do presidente da Casa, vereador Chico Filho (PL), e de uma comissão de parlamentares, que se comprometeram a intermediar as negociações — sem avanços imediatos.

No fim de semana, entretanto, a mediação surtiu efeito, e as partes chegaram a um acordo. Na segunda-feira (9), o ano letivo foi retomado na capital alagoana. A mobilização foi decisiva para a nomeação do novo secretário municipal de Educação, Luiz Rogério, que retorna à pasta após a exoneração de Victor Borges, ali- ado político da ex-deputada Jó Pereira (PP). Esta foi a sexta troca de comando da Secretaria Municipal de Educação (Semed) durante os cinco anos da gestão do prefeito JHC (PL).

O encerramento da greve foi anunciado pela vereadora Teca Nelma (PT), que destacou o caráter simbólico da paralisação. “Foram 33 dias de resistência por direitos básicos, como reajuste salarial, infraestrutura adequada para as escolas, transporte seguro para os estudantes e respeito aos profissionais da educação”, declarou a parlamentar.

O novo titular da Semed assume a pasta diante de um cenário  desafiador. Doze escolas localizadas em áreas vulneráveis estão fechadas ou funcionando de forma precária, devido a obras inacabadas. Além disso, há reclamações sobre climatização inadequada, necessidade de reformas e insatisfação generalizada entre os servidores.

Diante das dificuldades, os vereadores devem formalizar, ainda esta semana, um convite para que Luiz Rogério compareça à Câmara e apresente o planejamento da nova política educacional do município. Fonte: Gazeta de Alagoas

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