CARTA ANÔNIMA ALERTAVA CHEFE DA GUARDA SOBRE
RECOMPENSA POR MORTES. MP, PODER PÚBLICO E JUDICIÁRIO DISCUTEM MEDIDAS DE
SEGURANÇA NA REGIÃO.
A violência em Pilar deixa assustado até quem trabalha para garantir a
segurança da população. O chefe da Guarda Municipal, sub-tenente da reserva
Antônio Correia, informou, na manhã desta segunda-feira (11), que os criminosos
encomendaram a morte dele e de mais três policiais - dois civis e um militar -
que atuam na região.
"Só há duas viaturas para fazer
o patrulhamento. Os policiais trabalham assustados", alerta Correia. De
acordo com o chefe da Guarda, uma carta anônima teria avisado das mortes por
encomenda, com detalhes e ainda o valor a ser pago pela vida dele: R$ 30 mil.
Ainda segundo Correia, a onda de
violência em Pilar acontece por causa de disputas de grupos ligados ao tráfico
de drogas. Nos últimos quatro meses, o número de homicídios chegou a 60, em um
universo de pouco mais de 33 mil habitantes.
MEDIDAS DE SEGURANÇA
Nesta segunda-feira (11), o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, o promotor Jorge Dórea, o juiz Sandro Augusto e representantes de órgãos ligados à Secretaria de Defesa Social e da Prefeitura Municipal se reúnem no Fórum do município para discutir medidas que possam garantir a segurança na região.
A reunião acontece a portas fechadas
e dela deverá sair alguma ação efetiva de combate ao crime na região. Segundo
Dórea, a reunião foi convocada porque as autoridades policiais não cumpriram o
acordo para reforçar o efetivo na região, firmado em julho deste ano.
Em setembro, a promotoria enviou
ofícios ao comandante da PM, Coronel Dimas Cavalcante, e ao delegado-geral da
Polícia Civil, Paulo Cerqueira, reforçando o pedido de aumento do efetivo e
agilidade na conclusão dos inquéritos. Um levantamento do Ministério Público e
do Poder Judiciário apontou que existem 227 inquéritos de homicídios parados e
sem autoria.
Como nenhuma resposta foi dada e até
agora nada foi feito, os representantes do Poder Judiciário e do MP no
município convocaram a reunião e cobram mais uma vez providências para que as
medidas emergenciais sejam viabilizadas.
Fonte: GM AL
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